Deste pequeno sempre gostei de histórias fantásticas. Dessas que há personagens como elfos, centauros, cavaleiros, grifos, etc, normalmente ambientadas em montanhas ou vastas e majestosas florestas. Gostava tanto a ponto de eu mesmo escrever minhas próprias histórias, às vezes em quadrinhos e outras em formato de livros. Embora nem todos concordem comigo, acredito que, assim como o ato de brincar, essas histórias têm efeito positivo para as crianças, pois todas elas necessitam ter sua imaginação e criatividade exercitadas, isso as tornará adultos mais inteligentes e responsáveis. Isso é saudável e comprovado cientificamente.
Para os evangélicos e católicos, as objeções para esse tipo de gênero normalmente partem do argumento de que essas histórias são demasiadamente incompatíveis com a fé cristã. Apesar de não acreditar que esse tipo de coisa vá influenciar diretamente na espiritualidade da pessoa (eu sou prova disso), tenho que admitir que esse argumento, infelizmente, é válido.
Mas semana passada eu conversava com uma amiga minha pelo MSN e ela sugeriu que eu postasse um artigo sobre as ‘Crônicas de Nárnia’, a famosa obra do escritor irlandês C.S Lewis. Achei uma ótima idéia, Pois essa obra sim é repleta de analogias bíblicas!
Esse clássico da literatura infantil mundial foi escrito entre 1949 e 1954 em uma série de sete livros de romance que já vendeu cerca de 140 milhões de cópias em 41 idiomas, mas era praticamente desconhecido no Brasil antes do lançamento do filme em 2005.
Os elementos que remetem ao cristianismo são muitos. Embora alguns líderes religiosos torçam o nariz e até condenem uma literatura que utiliza seres mitológicos como minotauros, centauros e faunos, Acredito que a obra de Clive Stample Lewis, na verdade ensina de forma criativa, a ética e os valores cristãos. E nisso ele obteve notório sucesso através de seus livros e palestras, onde apresentava sua crença literal na Bíblia, em Jesus e na sua morte e ressurreição. Era um dedicado defensor da fé cristã, com a qual se reconciliou no início da década de 1930 e fiel membro da igreja anglicana, era conhecido como o ‘apóstolo dos céticos’. Enfim, fiquei impressionado com a biografia deste cara e recomendo seus livros a todos os que gostem de boa literatura, tanto seus livros de ficção quando os de não-ficção são ótimas opções.
Mas vamos às analogias das Crônicas de Nárnia:
1 - A primeira que vejo é a respeito do tempo, No reino de Nárnia o tempo é diferente do nosso da mesma forma, sabemos que o tempo de Deus (Kairós) e diferente do nosso tempo (Chronos).
2 – No segmento “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, podemos ver a feiticeira como uma figura do próprio Satanás. Também vemos que o inverno rigoroso que atinge o reino é causado pelo governo da feiticeira, assim como nosso mundo “jaz no maligno” (I Jo 5:19)
3 – O humano chamado Edmundo é corrompido por cobiçar o trono e o poder e desta forma a feiticeira para a ter direito sobre sua vida. Qualquer semelhança com Adão é mera coincidência?
4 – O leão Aslam, mesmo sendo mais poderoso resolve ser sacrificado no lugar do ser humano. O leão da tribo de Judá, Jesus, também entregou sua vida para salvar o pecador. Essa cena, no filme também lembra a humilhação que Cristo sofreu no caminho até a cruz.
5 – Aslam era inocente e ressuscita, pois conhecia o valor do verdadeiro sacrifício.
O leão da tribo de Judá era perfeito e sem pecados e ressuscitou após passar três dias no reino dos mortos. E saiu vencendo e para vencer.
6 – A grande batalha no final do filme lembra a última luta entre o bem e o mal, quando finalmente Satanás será derrotado e a maldição (morte) sobre a terra será removida.
Vou parar por aqui nas comparações; mas não vou entrar no mérito se os livros ou filmes são úteis ou não para evangelizar. Nem mesmo debater o uso de seres da mitologia grega (centauros e minotauros) ou da mitologia nórdica (anões) em suas histórias, pois afinal de contas Lewis é irlandês – pra quem não sabe a Irlanda é conhecida como a terra dos duendes – e provavelmente recebeu influência da cultura e do folclore do seu país.
Mas acho que ficou bastante claro que, como anglicano devoto, C.S Lewis TEVE sim a intenção de mostrar essas metáforas em suas histórias, embora muitas pessoas insistam que é apenas coincidência. Lewis, já tinha sido ateu, mas depois que se tornou cristão. Escreveu diversos clássicos da teologia britânica do século XX, como Cristianismo Puro e Simples, Cartas do Diabo a seu Aprendiz e O Peso da Glória. Logo, nada mais coerente do que transpor alguns dos seus conhecimentos – e, muitas vezes, teorias complexas – em sua literatura infantil.
Para quem for ler seus livros, desejo uma ótima leitura!
PS: Pra quem não sabe... Crônicas são narrações históricas segundo a ordem dos tempos. ;-)
Mas semana passada eu conversava com uma amiga minha pelo MSN e ela sugeriu que eu postasse um artigo sobre as ‘Crônicas de Nárnia’, a famosa obra do escritor irlandês C.S Lewis. Achei uma ótima idéia, Pois essa obra sim é repleta de analogias bíblicas!
Esse clássico da literatura infantil mundial foi escrito entre 1949 e 1954 em uma série de sete livros de romance que já vendeu cerca de 140 milhões de cópias em 41 idiomas, mas era praticamente desconhecido no Brasil antes do lançamento do filme em 2005.
Os elementos que remetem ao cristianismo são muitos. Embora alguns líderes religiosos torçam o nariz e até condenem uma literatura que utiliza seres mitológicos como minotauros, centauros e faunos, Acredito que a obra de Clive Stample Lewis, na verdade ensina de forma criativa, a ética e os valores cristãos. E nisso ele obteve notório sucesso através de seus livros e palestras, onde apresentava sua crença literal na Bíblia, em Jesus e na sua morte e ressurreição. Era um dedicado defensor da fé cristã, com a qual se reconciliou no início da década de 1930 e fiel membro da igreja anglicana, era conhecido como o ‘apóstolo dos céticos’. Enfim, fiquei impressionado com a biografia deste cara e recomendo seus livros a todos os que gostem de boa literatura, tanto seus livros de ficção quando os de não-ficção são ótimas opções.
Mas vamos às analogias das Crônicas de Nárnia:
1 - A primeira que vejo é a respeito do tempo, No reino de Nárnia o tempo é diferente do nosso da mesma forma, sabemos que o tempo de Deus (Kairós) e diferente do nosso tempo (Chronos).
2 – No segmento “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, podemos ver a feiticeira como uma figura do próprio Satanás. Também vemos que o inverno rigoroso que atinge o reino é causado pelo governo da feiticeira, assim como nosso mundo “jaz no maligno” (I Jo 5:19)
3 – O humano chamado Edmundo é corrompido por cobiçar o trono e o poder e desta forma a feiticeira para a ter direito sobre sua vida. Qualquer semelhança com Adão é mera coincidência?
4 – O leão Aslam, mesmo sendo mais poderoso resolve ser sacrificado no lugar do ser humano. O leão da tribo de Judá, Jesus, também entregou sua vida para salvar o pecador. Essa cena, no filme também lembra a humilhação que Cristo sofreu no caminho até a cruz.
5 – Aslam era inocente e ressuscita, pois conhecia o valor do verdadeiro sacrifício.
O leão da tribo de Judá era perfeito e sem pecados e ressuscitou após passar três dias no reino dos mortos. E saiu vencendo e para vencer.
6 – A grande batalha no final do filme lembra a última luta entre o bem e o mal, quando finalmente Satanás será derrotado e a maldição (morte) sobre a terra será removida.
Vou parar por aqui nas comparações; mas não vou entrar no mérito se os livros ou filmes são úteis ou não para evangelizar. Nem mesmo debater o uso de seres da mitologia grega (centauros e minotauros) ou da mitologia nórdica (anões) em suas histórias, pois afinal de contas Lewis é irlandês – pra quem não sabe a Irlanda é conhecida como a terra dos duendes – e provavelmente recebeu influência da cultura e do folclore do seu país.
Mas acho que ficou bastante claro que, como anglicano devoto, C.S Lewis TEVE sim a intenção de mostrar essas metáforas em suas histórias, embora muitas pessoas insistam que é apenas coincidência. Lewis, já tinha sido ateu, mas depois que se tornou cristão. Escreveu diversos clássicos da teologia britânica do século XX, como Cristianismo Puro e Simples, Cartas do Diabo a seu Aprendiz e O Peso da Glória. Logo, nada mais coerente do que transpor alguns dos seus conhecimentos – e, muitas vezes, teorias complexas – em sua literatura infantil.
Para quem for ler seus livros, desejo uma ótima leitura!
PS: Pra quem não sabe... Crônicas são narrações históricas segundo a ordem dos tempos. ;-)
Para quem quiser saber mais...
* As crônicas de Nárnia
* O cristianismo por trás de Nárnia.
* Sobre o autor: Clives Stamples Lewis
* O cristão que escreveu as Crônicas de Nárnia
2 comentários:
cara, achei muito show esta tua idéia de postar um assunto bem atual e ao mesmo tempo delicado no contexto critão.
bacana mesmo...
parabéns, pela pesquisa, pelo desenvolvimento do texto. bem exposto as tuas idéias.
att.
Midiã
Nossa sinceramente achei mto mto interessante mesmo, ja tinha ouvido falar sobre isso que as cronicas de narnia tinha algooo ver com religião essas coisas o fato é que nunca axei alguem k pudesse me explicar e amo as cronicas de narnia tenho os sete livros e sempre ke passa na tv eu estou assistindo, ks mas ate passei a seguir seu blog, pois axei de maiiiis
:)
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