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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conceitos equivocados: Atos proféticos

Sim, eu sei que esse já é um assunto bastante batido. Mas entre os muitos conceitos equivocados que tem invadido a igreja nestes últimos tempos, os chamados “atos proféticos” estão entre as coisas mais bizarras inventadas. É uma pena, uma pena mesmo ver evangélicos levando a sério toda sorte de práticas oriundas do paganismo, tal qual como ocorreu com a igreja católica na idade média.
Uma prova disto é a descarada semelhança que os atos proféticos tem com diversos trabalhos de feitiçaria. Veja o que diz Jostein Gaader a respeito da magia em sua obra ‘O livro das religiões’:
... O ser humano que se vale de ritos mágicos, ele está tentando coagir as forças e potências a obedecer à sua ordem – que com freqüência consiste em atingir finalidades concretas. Desde que os rituais mágicos sejam realizados corretamente, o mago acredita que os resultados desejados ocorrerão por uma questão de lógica.

Se trocarmos a palavra ‘mago’ por ‘pastor’ ou ‘apóstolo’, veremos, sem muito espanto, que essa lógica é exatamente a mesma usada pelos defensores dos atos patéticos proféticos. Como maior exemplo, podemos conferir a explicação de René Terra Nova (aquele engraçadinho que se auto-intitulou PAIpóstolo e depois patriarca) um dos maiores divulgadores e incentivadores desta doutrina no Brasil, ele afirma no site da MIR sobre o ato profético:
“é uma expressão, uma atitude visível da igreja que tem um respaldo no mundo espiritual. Digo que o ano profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da palavra” (Atos proféticos comando de Deus ou invenção humana – MIR)

Ou seja, o chamado ato profético nada mais é do que uma tentativa do ser humano de manipular o mundo espiritual a seu favor, obtendo assim alguma vantagem no mundo físico. E nisto a igreja brasileira tem sido extremamente criativa! Como naquele caso que ocorreu em Curitiba, onde um grupo de irmãos achou que deveria demarcar o território com urina, igual fazem os lobos e outros animais. Assim, após beberem muita água, saíram mijando em pontos estratégicos da cidade decretando a vitória do Senhor.

É cada absurdo que talvez algumas pessoas não acreditem que isto realmente aconteça! Eu mesmo teria dificuldade em acreditar se não tivesse visto com meus próprios olhos e ainda participado (que vergonha...) de alguns destes rituais.
Acompanhados de outros irmãos, fizemos coisas como:

- Subir no prédio mais alto do centro e tocar shofar aos quatro ventos decretando o senhorio de Cristo sobre toda a região;

- Espalhar uma mistura de sal, óleo e vinho nos limites da cidade para supostamente destronar um principado local; (essa mistura também era fabricada obedecendo a um determinado protocolo)


- Destruir meia dúzia de ovos de galinha que simbolizavam os ovos de um demônio em forma de dragão que agia sobre a cidade; (Essa foi de doer, desde quando demônios põem ovos?!)


- Com base na palavra que diz “onde colocar a planta de vossos pés será abençoado”, sair andando descalço à noite pelas ruas do bairro.


Há... não lembro de ter feito nenhum trabalho evangelístico nesta época, apesar de me achar uma pessoa espiritual. Sem dúvida, tudo isso era realizado com a melhor das intenções. Mas não funcionou; Na verdade, é possível que a cidade tenha se tornado ainda mais violenta e ímpia.
Não me entendam mal, é lógico que eu acredito que, não só uma cidade, mas até mesmo um país inteiro pode ser mudado através do poder do evangelho! O problema é que atualmente as igrejas preferem usar rituais mágicos para ter sucesso na guerra contra os poderes das trevas e da iniqüidade. E assim deixamos de lado as verdadeiras armas: Oração, jejum, bom testemunho, evangelismo, leitura da Bíblia e discipulado para consolidar. Estas coisas sim têm poder de mudança, e deveríamos praticá-las fervorosamente.
Apesar deste modismo ter tomado grande parte da igreja evangélica, não devemos desanimar. Se eu pude ver o quão anti-bíblica é esta prática outros também podem, especialmente os líderes. Basta deixar o orgulho de lado e deixar de fazer "malabarismos" com a Palavra de Deus para tentar se justificarem.


Outras coisas que acontecem...
- Cortar fios ou fitas, simbolizando a destruição de redes de tráfico;
- Quebrar botija, simbolizando a quebra de sistemas mundanos;
- Jogar flechas;
- Sentar em torno de uma mesa, simbolizando a restauração familiar;
- Enterrar e desenterrar dinheiro, simbolizando arrancar os “tesouros escondidos”;
- Orar em frente a grandes bancos, ordenando a “liberação financeira”;
- Ungir em frente a locais de idolatria;
- Fincar estacas demarcando limites para “conquista”;
- Dar sete voltas em torno de locais a serem “conquistados”;
- Rasgar papéis que simbolizam “contratos espirituais”;
- Marchas “proféticas”, delimitando territórios.
- etc, etc, etc... (A criatividade não tem limites!)

sábado, 14 de maio de 2011

Cristianismo libertário. O que é isso?!

Apesar de não ser uma idéia nova, o cristianismo libertário ou anarco-cristianismo é, provavelmente, uma das vertentes menos conhecidas dentro da filosofia anarquista. Isso porque, os anarquistas tradicionais repudiam a religião, pois a consideram mais um meio de controle da sociedade, aliado ao Estado. E se analisarmos a história da igreja de uma forma superficial, vai realmente parecer que eles estão certos. Do mesmo jeito, cristãos devotos costumam abominar a anarquia acreditando ser uma fonte de desordem. (Mas falaremos disto em outra ocasião, ok?)

Então, o que é o cristianismo libertário e o que ele propõe?
Os anarquistas cristãos se opõem a todo tipo de tirania local ou global e procuram mostrar, com base nos ensinos de Jesus e outras passagens bíblicas, que a única fonte legítima de autoridade é Deus, e ninguém mais. Rejeitando assim qualquer outra forma de autoridade secular ou eclesiástica. Para eles, a liberdade é justificada espiritualmente através dos ensinamentos de Jesus. Afirmam, por exemplo, que, uma das razões pela qual Jesus Cristo foi perseguido foi porque tratava com desdém tanto o governo romano quanto os líderes religiosos de seu tempo. Foi condenado por Roma por ser considerado por todos como um “fora da lei”. (excluindo, é claro, a parte espiritual do momento).

Anarquistas cristãos são em sua grande maioria pacifistas. Se opõem ao uso da violência argumentando que cristianismo e violência simplesmente não combinam, já que a bandeira de todo cristão verdadeiro é a paz e o amor ao próximo. Aliás, a idéia de não-violência NÃO é usada apenas pelos cristãos libertários, outros movimentos do anarquismo também fazem o mesmo. (porém não todos!)
Contudo, vertentes libertárias como a dos taboritas no século XV, sob o comando militar de Jan Zizka, baseadas em passagens como Evangelho de Mateus 10:34, Evangelho de Lucas 22:36, Eclesiastes 3:1-10, entre outras, não hesitaram em usar a força como instrumento de legítima defesa contra a opressão da igreja católica e da nobreza feudal.

Aqui é preciso entender uma coisa: O fato de não usar a violência contra aqueles que estão no poder, não significa ficar sem fazer nada! Movimentos pacifistas como o do líder indiano Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr são provas de como tais movimentos podem ser muito eficientes. Infelizmente, hoje em dia parece que as igrejas transformaram o conformismo em uma grande virtude e o Estado possui uma “aura de santidade” devendo ser obedecido sem questionamentos. Porém, se refletirmos direito, veremos que o próprio cristianismo é uma rejeição ao poder e uma luta contra o mesmo; nisto ele pode ser muito mais subversivo do que a maioria das pessoas pensam! Não é a toa que tantos morreram e outros caíram na ilegalidade ou foram presos e torturados tão somente por abraçar a fé cristã e se recusar obedecer a diversas ordens e leis iníquas vindas de governos extremamente despóticos.

Uma sociedade anarquista é viável?
Será que uma sociedade anarquista é possível em nossos dias? Para o mundo todo é lógico que não! E francamente, o anarquista que achar que sim, ou é ingênuo ou é burro.
A inviabilidade do anarquismo se tornar uma realidade mundial se deve ao fato do ser humano ser extremamente egoísta. Duas das maiores características humanas são a cobiça e a fome pelo poder. Assim, se destruíssemos o Estado e déssemos às pessoas a liberdade total de escolha, elas inevitavelmente passariam a cobiçar tudo o que é do seu próximo, Jacques Ellul comentou em seu livro ‘Anarquia e Cristianismo’ que esse tipo de ganância humana nunca fica satisfeita, pois uma vez conquistado um objeto de desejo a atenção se volta para outra coisa. Prevaleceria então a lei do mais forte. E isso de forma alguma pode ser chamado de liberdade. A humanidade seria destruída.

Mas em pequenas comunidades cristãs o cristianismo libertário funcionaria? Tudo indica que sim!
Essa seria a vida simples defendida pelo autor russo León Tolstoi no final da sua vida. E a história está repleta de movimentos com os ideais do anarquismo cristão como os anabatistas, a comunidade Amish, os Quakers entre tantos outros. Para isso, basta que os cristãos vivam exatamente o que Jesus ensinou, especialmente esses versículos abaixo:

“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas". Mateus 7:12

"Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei". Romanos 13:8

"Amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas". Marcos 12:33

"Pois estes mandamentos: "Não adulterarás", "não matarás", "não furtarás", "não cobiçarás", e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Ame o seu próximo como a si mesmo". Romanos 13:9

Como podem ver, se o homem conseguir crucificar seu cobiça e sua sede de poder é perfeitamente possível existir uma sociedade, ainda que pequena, sem nenhum governo estabelecido. Nossa liberdade é limitada ÚNICAMENTE pelo amor, e Deus é amor, logo Ele é o nosso limite. Se as pessoas conseguissem compreender a grandeza destes ensinos, não precisaríamos de leis. Elas foram feitas para punir aquele que destrói e ameaça o bem estar do seu próximo. Não seja um deles!
Em breve voltaremos a falar mais sobre esse assunto tão amplo e interessante. Deus abençoe a todos!

Para quem quiser saber mais. Os ideais do anarquismo cristão estão presentes em movimentos como:

Os anabatistas – Antiga ala radical da reforma protestante, os anabatistas rejeitam regras, mas não são apolíticos como alguns julgam; São sim, verdadeiros anarquistas. Entendem que igreja não é subordinada a nenhum governo humano ou hierarquias religiosas.

Comunidade Amish - um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis. Se vestem com roupas muito parecidas as usadas no século XVlll.

Os Quakers – Também chamados de ‘Sociedade religiosa dos amigos’, são conhecidos pelo pacifismo e pela simplicidade. O movimento surgiu em 1652 pretendendo restaurar a fé cristã original após séculos de apostasia, reagindo contra o que consideravam abusos da igreja Anglicana. Atualmente a maioria das comunidades quakers ficam na África, sendo a maior delas no Quênia.

Outros movimentos importantes - Mennonitas, Huteritas, Taboritas, alguns dissidentes ingleses, Doukhbors e o Movimento de Trabalhadores Católicos

Principais pensadores:
Kierkegaard; Henry David Thoreau; Leon Tolstói Nikolai Berdayev; Ammon Hennacy; Jacques Ellul; Dorothy Day e Watchman Nee.

Fontes de pesquisa:
Livro Anarquia e Cristianismo (Jacques Ellul)
Anna Karenina e outras obras de León Tolstoi
Wikipédia: Anarquismo Cristão, Anabatistas, Quakers
Vídeo do professor Tiago Menta no Youtube. (Consulte!)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O desarmamento e a nova ordem mundial

Estou postando aqui apenas o vídeo que fala a respeito do perigo que representa o desarmamento total da população civil.
Quem puder, assista também aos outros vídeos desta série e veja o quão diabólico é o PNDH-3 (Plano nacional dos direitos humanos) e como ele pode acabar com a democracia e a liberdade de expressão sem que as pessoas sequer tenham tempo de protestar.
Que Deus tenha misericórdia do Brasil!




Outros links:
Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=3RncR6hl8bs&feature=related

Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=KzOL13R21CU&feature=related

Parte 4:
http://www.youtube.com/watch?v=u4v0eFfcng8&feature=related

God bless!

terça-feira, 10 de maio de 2011

MEU 3º SELO COMO BLOGUEIRO ;-)

Que legal, ganhei meu terceiro selo como blogueiro. Ganhei este do Blog da Mary, Valeu Maryanne! :D



As regras são as seguintes: exibir a imagem no blog, postar o link de quem te indicou, postar as regras, indicar 10 blogs e avisar os indicados.
Eu indico os blogs abaixo... parabéns!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A colônia perdida de Roanoke

No ano de 1584 a rainha Elizabeth l deu permissão ao sir Walter Raleigh para colonizar a região que hoje é o estado da Virgínia, Estados Unidos. No mesmo ano ele partiu em um expedição rumo a costa leste da America do Norte, retornando da viagem algum tempo depois com dois índios americanos e amostras de animais e plantas. Entre 1585 e 1587 dois grupos de colonizadores chegaram a ilha de Roanoke para fixar assentamentos ali (Essa ilha é atualmente parte da Carolina do Norte). Após diversas lutas com os nativos das tribos da região, o primeiro assentamento ficou bastante enfraquecido, com pouca comida e poucos homens para defender o local. Por isso, quando o sir Francis Drake os visitou depois de uma invasão ao Caribe e se ofereceu para levá-los de volta eles prontamente aceitaram.

Em 1587, outros 121 novos colonizadores chegaram e descobriram que alguns nativos locais (os Croatans) eram amistosos. O grupo então tentou ser amigável com algumas outras tribos que os colonizadores anteriores tinham brigado; mas a aproximação não deu muito certo e resultou na morte de George Howe. Os membros deste grupo convenceram seu líder, um homem chamado John White a retornar a Inglaterra para pedir ajuda. Logo White se foi, deixando para trás noventa homens, dezessete mulheres e onze crianças.
Quando retornou em agosto de 1590 o assentamento estava vazio. Não havia o menor sinal de luta ou de restos mortais. Unicamente a palavra “Croatan” entalhada em um dos pilares do forte e “Cro” entalhado em uma árvore próxima dali. Este assentamento ficou conhecido como a “colônia perdida” visto que, nunca mais seus membros foram vistos novamente. Alguns historiadores especulam que estes colonizadores foram embora e se misturaram com as tribos locais. Essa teoria é sustentada pelo fato de que vários anos depois, algumas tribos estavam praticando o cristianismo e entendiam inglês. Pode ser... Acho que eu faria isto!

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