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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Análise do filme "O Jornal"



O filme “O Jornal” é uma comédia norte-americana produzida em 1994 e dirigida por Ron Howard, que retrata o dia a dia de um jornal nova-iorquino chamado The New York Sun. O protagonista da história é Henry Hackett, um dedicado jornalista casado com Martha, uma mulher que exerce a mesma profissão, mas que está temporariamente afastada devido a gestação. Entre vários temas, o enredo se desenvolve especialmente em torno da preocupação de Henry em saber se dois jovens negros, acusados do assassinato de dois homens brancos, eram realmente culpados ou inocentes.

Apesar de simples (leia-se de baixo orçamento), o filme consegue descrever de forma bastante satisfatória a rotina e a agitação de um jornal de média/alta tiragem. Mais satisfatória ainda é a forma como “O Jornal” aborda as questões de ética no jornalismo e a maneira como os profissionais lidam quando conflitos pessoais e familiares entram em atrito com um trabalho que exige tanta dedicação e correria.

Henry Hackett, o personagem principal, me deixa meio confuso. Ele parece ser um profissional muito ético e empenhado em mostrar sempre a verdade. Em certa cena, Alicia Clark, uma das diretoras do jornal, quer publicar a notícia que dava a entender que os dois jovens negros eram mesmo culpados e caso não fossem o jornal publicaria a verdade posteriormente; Henry se opôs a ela ao afirmar que a notícia publicada incorretamente poderia arruinar para sempre a vida dos jovens. Isso demonstra não apenas compromisso com a verdade, mas a consciência do poder construtivo ou destrutivo da mídia e a necessidade de saber usá-lo com sabedoria e responsabilidade. Porém, o mesmo Henry que se posicionou de forma tão ética neste caso, age com extrema falta de ética ao roubar uma notícia da mesa do diretor-chefe do jornal concorrente durante uma entrevista. Pense na seguinte situação: O diretor de um jornal de prestígio na cidade te faz uma ótima proposta de emprego, algo que poderia mudar para melhor sua carreira e sua vida financeira, a proposta é feita porque esse diretor acredita no seu trabalho e no seu profissionalismo e o que você faz? Rouba da mesa dele um furo de notícia; e o faz enquanto ele se distrai procurando um livro para te emprestar (nunca um entrevistador me fez a gentileza de emprestar um livro). O “instinto jornalístico” não pode ser usado como desculpa para um profissional agir desta forma! Isso se chama trapaça, ingratidão, falta de ética. E para completar a péssima atitude, ao ser desmascarado trata de forma grosseira o homem que queria lhe dar uma oportunidade de emprego melhor.

Outra questão muito interessante levantada no filme é a relação do protagonista com sua esposa. Sem dúvida ele a amava, mas a agitação normal do trabalho somada ao fato de Martha estar grávida e requerendo mais atenção trouxe um certo desgaste ao relacionamento. Em certo momento ela chega a dizer que “não esperava ficar sozinha” quando engravidasse; em outra cena foi preciso que um colega desse um tiro de revolver para baixo a fim de chamar a atenção de todos e para fazê-lo parar e conversar com ela.
Certamente é louvável a dedicação que Henry tinha ao trabalho, mas essa dedicação chegou a um nível que eu consideraria perigoso, tanto para o seu relacionamento quanto para a própria saúde da sua mulher e do bebê. Martha estava quase no fim da gestação e necessitava de um pouco mais de atenção do marido e ele falha com ela de duas formas. Primeiro, sua negligência às reivindicações dela, pode ter provocado uma enorme carga de stress num momento em que, devido a produções hormonais, a mulher está muito mais sensível e emotiva; não seria essa a causa de hemorragia que Martha teve antes de dar à luz? Quem sairia perdendo se ela e o bebê morressem durante o trabalho de parto, ou se ela perdesse o bebê e por causa disto resolvesse se divorciar dele? Pelo menos na minha opinião, a família é o bem mais precioso, emprego a gente sempre consegue outro. E por falar em emprego, aí está a segunda falha de Henry, pois desprezou irresponsavelmente um emprego que daria muito mais conforto a sua família. Isso sem mencionar o fato de que ele trabalhava em um jornal sensacionalista que estava em crise e onde os principais diretores tinham sérios problemas pessoais. Bernie, o diretor do The New York Sun sofria de câncer de próstata e tinha problemas de relacionamento com a filha, a história insinua que ele tem pouco tempo de vida. Alicia Clark, a outra diretora também é uma mulher problemática e enfrenta uma crise financeira. Esses problemas afetam a relação deles com o trabalho.

Mas, como todo bom filme americano, tudo acaba bem no final. Alicia Clark resgata seus valores éticos e o compromisso com a notícia verdadeira. Após o susto, Martha e seu bebê se salvam; e na manhã seguinte ela fica feliz com o êxito do marido em publicar a manchete de forma correta e os jovens negros acusados injustamente são soltos.

Apesar dos clichês costumeiros das produções de comédia, o filme ‘O Jornal’ nos dá uma boa ideia da profissão de jornalista e dos desafios e dilemas que esse profissional enfrenta no seu dia a dia. O enredo foi escrito de tal forma que a história não se torna enfadonha, pelo contrário e empolgante e bem-humorada. Recomendável. 

                                             
(Obs: Inicialmente, fiz essa resenha como parte de um trabalho do curso de jornalismo que faço na Unisinos, estou compartilhando porque pode ser útil, como modelo, para outros estudantes. E também porque o filme é bom).                                                                                                                                                 


sábado, 25 de abril de 2015

OVNI é avistado junto ao vulcão Calbuco no Chile

Um fenômeno não identificado até agora ocorreu próximo a cratera do vulcão Calbuco, que entrou em erupção essa semana no Chile. Centenas (talvez milhares) de pessoas observavam a gigantesca coluna de cinzas expelida pelo Calbuco das profundezas do planeta, alguns filmavam as descargas elétricas ao redor do vulcão quando um objeto voador brilhante apareceu junto a espessa nuvem venenosa.
O Ovni emitia um brilho intenso e permaneceu parado. Não haviam luzes de navegação, o que descarta a possibilidade de ser um helicóptero ou um drone. Após algum tempo o misterioso ponto luminoso desapareceu completamente.

As cinzas levantadas pelo vulcão chileno atravessou a Argentina, Uruguai e chegou fracamente ao Brasil pelo sul do Rio Grande do Sul. Segundo a Metroclima, a nuvem vulcânica já chegou a Porto Alegre ontem a noite (24) e paira em grande altitude; mas não deve causar transtornos aos vôos na capital gaúcha.


Veja vídeos do OVNI:

Compilação de vários registros do fenômeno:




FONTES:

Jornal Correio do Estado

Band notícias UOL


quarta-feira, 15 de abril de 2015

O flautista de Hamelin

A história do flautista de Hamelin é popularmente bem conhecida e muito, muito antiga. Normalmente contada como um simples conto de fadas, adaptação de uma obra dos irmãos Grimm, essa história bizarra está cercada de tantos mistérios que já não se sabe mais o que foi fato e o que é mito.

Conta-se que o estranho episódio aconteceu na idade média em 26 de junho de 1284. A pequena cidade de Hamelin estava sofrendo com uma terrível infestação de ratos. Os animais invadiam celeiros e casas, destruíam mantimentos, e por mais que a população da cidade os combatesse, os ratos estavam se alastrando.

Foi então que apareceu na cidade um forasteiro de roupas coloridas se propondo a acabar com a praga por certa quantia de dinheiro (alguns dizem que era uma moeda de ouro por cada cabeça de rato), os governantes locais aceitaram a proposta. O homem pegou então uma flauta e passou a tocar uma melodia hipnótica que atraiu todos os ratos da cidade até o rio Weser onde se afogaram. Ao final do dia o misterioso flautista volta para reclamar seu pagamento, mas, por malandragem dos governantes ou por falta de dinheiro mesmo, acaba não recebendo o valor combinado e vai embora irritado.

Semanas mais tarde o flautista volta (em um domingo de manhã) e enquanto todos estão na igreja, toca novamente sua música hipnótica traindo desta vez todas as crianças do lugarejo. Cerca de 130 crianças o seguiram enfeitiçadas para fora da cidade e entraram na floresta onde nunca mais foram vistas. Somente três crianças permaneceram, uma cega, uma surda e uma aleijada pois suas deficiências as impediram de segui-lo. Segundo a versão original do conto, o flautista levou as crianças até o mesmo rio onde levou os ratos e também as afogou.

Mas, o que há de verdade e o que a de mito nesta antiga história?

Sabe-se pelo menos que a cidade realmente existe e cresceu ao redor de um mosteiro fundado em 851 DC. É uma bonita cidadezinha alemã muito procurada hoje por turistas, andarilhos e ciclistas. Na idade média, Hamelin era fortificada por muralhas e torres. Em 1888 Napoleão Bonaparte destruiu a cidade, deixando de pé apenas duas torres (Haspelmathturm e a Pulverturm) que permanecem até os dias de hoje.

Muitas pessoas acreditam que a história foi inventada pelos irmãos Grimm, mas o fato já era conhecido muito antes dos Grimm começarem a escrever e publicar seus famosos contos e fábulas. Há várias referências na cidade fazendo alusão a tragédia medieval. O museu local exibe com orgulho os sapatinhos de couro que teriam sido das crianças desaparecidas; A Casa "The Pied Piper" tem uma inscrição no alto do lado direito da casa que diz:

“AD 1284 – no dia 26 de junho – dia de São João e São Paulo 130 crianças – nascidas em Hamelin foram levados para fora da cidade por um flautista vestindo roupas multicores. Após passar pelo Calvário, perto da Koppenberg eles desapareceram para sempre.”

A primeira menção da história apareceu num vitral colocado na Igreja de Hamelin em 1300 e referências a este vitral aparecem em obras dos séculos XIV e XVII. Infelizmente a igreja foi destruída em um incêndio em 1660, mas graças as descrições dos sobreviventes o historiador Hans Dobbertin reconstruiu a janela com um vitral semelhante. A primeira janela é considerada por muitos como uma lembrança real de um acontecimento trágico para a cidade. Um antigo registro histórico, de 1384, das crônicas da cidade diz:
“Faz 100 anos desde que nossos filhos nos deixaram”.

Teorias...
Mais recentemente foi levantada a teoria de que o estranho flautista seria um extraterrestre e isso explicaria suas roupas coloridas, incomuns para a época e o lugar; também explicaria o instrumento que ele usava e que pode ter sido confundido com um flauta. Logo, a história do sequestro das crianças seria um antigo caso de abdução que ganhou contornos de contos de fadas, pois sabe-se que os ratos só foram adicionados ao relato em uma versão de 1559. Outros dizem que a figura do flautista é apenas uma metáfora das inúmeras doenças (como a peste) que assolavam as aldeias medievais. Há também quem afirme que o estranho poderia ser um serial killer ou um pedófilo, o que dá mais margens para perguntas do que respostas.


Outra teoria, mais provável, é que os habitantes da cidade simplesmente venderam as crianças e depois inventaram a história do flautista para cobrir essa verdade incômoda. Os defensores desta teoria dizem que a prática não era tão incomum para a época, filhos ilegítimos, órfãos e outras crianças consideradas indesejáveis poderiam ser usadas para povoar novamente uma cidade que sofreu com a guerra, por exemplo.



Mas quem sequestrou as crianças? Quem era esse flautista? A verdade é que essa história está de tal modo afastada de nós pelo tempo que é provável que jamais saberemos.


Fontes e referências:
Blog Alemanhã por que não; Wikipédia; Mundo Gump e Contos dos irmãos Grimm  

domingo, 5 de abril de 2015

Caia Babilônia, caia Babilônia!

Semanas atrás teve início “Babilônia”, a nova novela da rede Globo do horário das 21:00hs. Trama que ganhou um nome bastante propício por sinal. 
Como se já não bastasse a grande quantidade de podridão moral que sempre acompanha esse tipo de programação; o autor, com o intuito de causar polêmica e ganhar audiência, exibiu um beijo gay entre duas senhoras já no primeiro capítulo. Mas o efeito não foi o que ele e os demais produtores estavam esperando. O tiro saiu pela culatra.
Uma grande indignação tomou conta de muitos líderes denominacionais, bem como dos políticos da chamada “bancada evangélica” do Congresso. Estes iniciaram uma intensa campanha de boicote de nível nacional para que as pessoas parassem de assistir Babilônia. Lendo os noticiários na última semana vi que, aparentemente, o esforço está dando certo. A audiência da novela está despencando em queda livre e já preocupa seriamente os diretores da emissora.

A verdade é que, com ou sem boicote, um cristão jamais deveria assistir esse tipo de programação pois ataca abertamente todos os nossos valores mais sagrados. As novelas ensinam que o adultério é normal, promovem a lascívia, a violência, a vingança, o egoísmo, a prostituição, a falta de respeito com os pais; ensinam que o homossexualismo é normal e deve ser incentivado, blasfemam de Deus e zombam da Igreja de Cristo mentindo e distorcendo muitas coisas para nos fazer parecer ultrapassados e preconceituosos. Sinceramente... não sei como tem cristãos que ainda param na frente da TV para absorver esse lixo! Amigo, vá ler um livro, vá orar, passear com a família; mas não perca seu precioso tempo com coisas que, além de não edificar em nada, ainda prejudicam. E pesquisas já provaram que as novelas influenciam sim o comportamento da sociedade. 

Felizmente vejo não são apenas os evangélicos mas muitas outras pessoas de bem não estão mais engolindo a manipulação pesada que essa rede de TV lança contra a família brasileira. Agora, com medo do fracasso na audiência, a Globo tenta desvincular o nome “Babilônia” da antiga cidade bíblica, sinônimo de imoralidade e confusão para associá-la a um morro carioca.  Não se deixe enganar, Babilônia continuará sendo símbolo de pecado. E assim como Deus ordenou que o seu povo saísse da Babilônia da história bíblica para não serem cumplices dos seus pecados, também nós devemos nos afastar desta para não sermos condenados com ela quando o juízo do Eterno chegar. Caia Babilônia! (recomendo a leitura de Apocalipse 18)

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