E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. (apoc 3.1)
Estive meditando esta semana sobre a situação atual da igreja evangélica no Brasil e acabei ficando triste... até desanimado. A princípio pensei que o problema estava comigo mesmo mas depois vi que outras pessoas sinceras pensam da mesma forma.
Tem se falado muito em avivamento e realmente existe um crescimento, mas não tem sido um crescimento saudável! Tem sido difundido um evangelho falso criado pelos próprios evangélicos e que não tem confrontado o pecador.
Não sei quantos já repararam, mas raríssimas vezes as grandes igrejas em evidência na mídia trazem pregações sobre arrependimento dos pecados, volta de Cristo, sobre o inferno, etc. (isso pra não dizer nunca!) E no rastro destas grandes denominações, que agem como corporações empresariais, está grande parte da igreja evangélica brasileira, anunciando um evangelho feito mais de emoções e experiências. A Bíblia até é citada, mas normalmente com versículos fora do contexto ou mal interpretados.
É surpreendente o número de chavões e frases de efeito prontas usadas nas pregações, do tipo: "Deus vai restituir...", "Quem tem promessa não morre" e outras promessas vazias da teologia da prosperidade, sempre é claro, revelando uma mensagem 'light', 'suave' para não afastar ou entristecer ninguém. Poderia abrir um post só confrontando a maioria destes chavões à luz da Bíblia, mas esse não é o propósito agora.
O que me deixa preocupado e que desta forma o evangelho não está trazendo transformação de vida como aconteceu com o endemoninhado gadareno ou com Saulo e a conseqüência disto tudo é uma lamentável onda de mundanismo e imoralidade trazida para dentro das igrejas afetando a maneira de pensar dos jovens cristãos. Por exemplo...
Há quem acredite que não tem problema algum sair para as baladas, o divórcio passou a ser uma coisa normal, surgem casos de adultério entre os ministros, má administração das finanças dos templos, namorados dormem na casa das namoradas (e vice versa) ou seja a fornicação virou praxe! como se esta prática não fosse mais pecado.
Isso sem contar o mal crônico da maledicência e da fofoca, da lavagem cerebral e da manipulação através do medo com afirmações do tipo "não toque no ungido do Senhor" que quase sempre são usadas por líderes inescrupulosos para evitar que suas ações sejam questionadas e confrontadas.
É meu amigo leitor, parece que estamos vivendo na igreja de Sardes, aquela que o Senhor Jesus repreendeu porque apesar de parecer cheia de obras e viva na verdade estava morta. Mais uma vez é tempo de arrependimento! Que Deus nos livre da mera religiosidade.