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sábado, 11 de julho de 2015

A oração Ana Bekoach

Ana Bekoach é uma antiga prece hebraica considerada por muitos como a mais poderosa oração cabalística do universo. Ana Bekoach é formada por 7 versos, cada um composto por 6 palavras sendo que a última linha (a oitava) não é contada, pois é uma exclamação de louvor ao Deus altíssimo. O poema soma 42 palavras e a letra inicial de cada uma destas palavras forma um dos nomes de Deus. Certo rabino chamado Judah afirmou que o nome de Deus de 42 letras é confiado somente para aqueles que são devotos, humildes e que, durante seus dias, não se irritam, não se embriagam e não são teimosos. E a pessoa que tem o conhecimento nunca usa esse nome levianamente e é herdeira de dois mundos: Deste e do vindouro.

Cada verso desta oração leva a uma meditação específica como vemos:
1º verso (Chesed) – Conexão com o amor incondicional. Medita-se no sentido de desmaterializar as ilusões, remover todas influências do materialismo e nos conectar com a “árvore da vida”.
2º verso (Gvurah) – É uma meditação para cortar o oponente que existe dentro de nós, ou seja, nossos impulsos carnais e nosso conhecido egoísmo. Também para combater os pensamentos negativos e fechar todas as portas para Satanás.
3º verso (Tiferet) – A terceira linha da prece é dividida em duas partes: As três primeiras letras dão a força para recebermos nosso sustento e prosperidade (ter mais para compartilhar mais). As três últimas letras são uma meditação para trazer cura e rejuvenescimento para o físico, para o intelectual e para todas as demais áreas da nossa vida; além de eliminar o ódio e a separação.
4º verso (Netzach) – É uma meditação para obter perseverança para continuarmos nosso caminho nessa terra mesmo perante todas as adversidades.
5º verso (Hod) – Nos conecta ao poder da profecia. Não apenas para receber, mas também para entender as coisas e saber como transmitir a palavra certa, na hora certa e para a pessoa certa.
6º verso (Yesod) – É uma meditação para que a espiritualidade se espalhe pelo mundo e para que as pessoas se tornem cada vez mais conscientes das forças dos mundos superiores.
7º verso (Malchut) – Trata de trazer a consciência da era messiânica para a humanidade. Meditamos também no sentido de ter alegria e entusiasmo incondicionais a ponto de contagiar os outros.
8º verso – “Baruch shem kevôd malchuto leolam vaed” (Bendito seja o Nome dAquele cujo glorioso Reino é Eterno!)

Abaixo, transcrevo a oração no idioma hebraico com a respectiva transliteração e tradução para o português:

אנא, בכח גדולת ימינך תתיר צרורה:
Aná bechoach g'dulat iemincha tatir tzerurah.
Nós te rogamos, pelo poder da Tua mão direita que desmanche as ataduras do cativeiro.

קבל רינת עמך, שגבנו, טהרנו, נורא:
Cabel rinat amecháa saguevenu taharenu norá.
Aceite os louvores do teu povo, exalta-nos e purifica-os. Purifica-nos Oh Temível!

נא גבור, דורשי ייחודך. כבבת שמרם:
Na guibor dorshê Yichudecha k'vavat shomrem.
Por favor, ó poderoso, protege como a menina dos Teus olhos, aqueles que defendem a Tua unidade.

ברכם, טהרם, רחמי צידקתך תמיד גמלם:
Barachem taharem Rachamei tzidktech tamid gomlem.
Abençoa-nos e purifica-nos, concede-nos sempre tua misericordiosa justiça.

חסין קדוש, ברב טובך נהל עדתך:
Chasin Kadosh, b'rov tuvcha nahel adatecha.
Tu és o mais alto e o mais santo! Governa a Tua congregação com abundância da Tua generosidade.

יחיד גאה, לעמך פנה, זוכרי קדושתך:
Yachid gueê, l'am'acha p'neh, zochrei K'dushatecha.
Tu és exaltado, Tu és único! Volta-te para o teu povo, os que lembram da Tua santidade.

שוועתנו קבל ושמע צעקתנו, יודע תעלומות:
Shavatenu cabel, ush'máa tza'akatenu, yodeha ta'alumot.
Aceita as nossas orações e ouve nossos clamores, Tu que conheces todos os mistérios.

ברוך שם כבוד מלכותו לעולם ועד:
Baruch shem kevôd malchuto leolam vaed.
Bendito seja o Nome dAquele cujo glorioso Reino é Eterno!

Pode parecer meio estranho um cristão, como eu, estar aqui falando sobre algo relacionado a Cabalá; mas basta ler esse poema para concluir que não há nenhuma heresia nele, muito pelo contrário!  Nestas linhas, existe uma linda e justa REVERÊNCIA Àquele que criou todas as coisas. É bem verdade que os místicos usam muito essa oração como se ela fosse uma fórmula mágica, assim como fazem com a oração do Pai nosso e com o Salmo 91, mas nem por isso deixamos de reconhecer a grandeza desses textos.

Obviamente, não recomendo meus leitores a buscar qualquer tipo de esoterismo, nem a tradição oral judaica. Mas vale a pena refletir nestes versos; e mais ainda: Apreciar ele cantado! Essas palavras ficam muito mais bonitas e cheias de vida quando são recitadas em forma de canção, como vemos no vídeo logo abaixo:


Espero que tenham gostado e que tenha servido de edificação. Fiquem na paz... Shalom!

domingo, 5 de julho de 2015

Os Wandjinas da Austrália

Durante uma expedição de reconhecimento em 1838, próximo ao rio Prince Regent, nas montanhas do distrito de Kimberley (Austrália), o capitão George Grey encontrou um curioso conjunto de pinturas rupestres. Parte de uma montanha havia desmoronado, revelando cavernas que estiveram ocultas por milênios. As paredes destas velhas cavernas estavam repletas de estranhos desenhos que ficaram conhecidos como “Wandjinas”. Essas pinturas representam vários humanoides de olhos grandes e cabeças ovaladas envoltas em uma espécie de círculo que lembra muito os capacetes usados pelos astronautas; alguns usando o que parecia ser longas túnicas. Desde então, muitas teorias têm sido levantadas a respeito dos Wandjinas.

A maioria dos antropólogos acreditam que estas pinturas podem estar relacionadas com alguma mitologia dos aborígines daquela região; outros sugerem a teoria dos antigos astronautas. Os adeptos desta teoria dizem que o planeta terra foi visitado e colonizado por seres extraterrestres em um passado remoto, e estas evidências poderiam ser vistas nas formas e objetos de culto de muitas civilizações. Há também alguns que sugerem que a Austrália foi visitada por padres cristãos, portugueses ou espanhóis, antes da ocupação inglesa e os nativos apenas retrataram as roupas e as histórias contadas por estes padres. Essa teoria é a que menos faz sentido, pois os primeiros testes de datação sugerem a idade aproximada das pinturas em 5000 anos. Porém, um ninho de vespas fossilizado, encontrado pelo arqueólogo Grahame Walsh em uma das cavernas, foi analisado e apontou a idade de 17000 anos de idade!

A verdade é que nem arqueólogos, nem antropólogos, nem qualquer outro tipo de especialista conseguiu até agora definir com precisão a época, o povo ou o objetivo com que foram feitos estes desenhos. Pelo visto, as pinturas wandjinas continuarão servindo de especulação para os teóricos e caçadores de mistério por muito tempo. O link que eu disponibilizo abaixo fala um pouco mais sobre as diferentes teses levantadas sobre essas intrigantes pinturas rupestres.


Mais pinturas...




segunda-feira, 22 de junho de 2015

A lógica perversa dos pacifistas

Antes de mais nada preciso dizer que eu amo a paz; sempre torço para que as coisas se resolvam na base da diplomacia e do diálogo. Aliás, esse deve ser o desejo de qualquer pessoa normal. Quem, em sã consciência, prefere optar pelo caminho da violência e da guerra? Porém, é preciso que as pessoas entendam que existe uma diferença radical entre pacificadores e pacifistas.

Os pacificadores promovem a paz, vigiam e lutam pela manutenção da ordem e sempre tentam solucionar as coisas de maneira pacífica e ordeira. Pacificadores jamais devem ser confundidos com pessoas covardes, pois eles amam a justiça e não hesitam em defender o pobre, o oprimido, a viúva, o órfão e todos os injustiçados das mãos dos opressores. Eles não suportam a injustiça. O próprio Cristo disse que os pacificadores são pessoas bem-aventuradas (muito felizes) pois serão chamados filhos de Deus.

Pacifistas, supostamente, também odeiam a violência. Porém, se recusam a confrontar o opressor fazendo com que essa mesma violência que eles dizem abominar aumente ainda mais. Infelizmente essa gente está na moda. Vivemos em uma época triste, onde valores nobres como a coragem, a honra e a varonilidade são desvalorizados, ao passo que a covardia e o egoísmo são, muitas vezes, exaltados. E podemos ver o reflexo dessa mudança histórica de paradigmas quando vemos movimentos protestando contra a redução da maioridade penal e contra o porte legal de armas para o cidadão de bem. Entendo que o debate é necessário em um país democrático, mas o problema não é tão complexo como a maioria dos sociólogos, ativistas e políticos sugerem. A lógica é bem simples: Se você não pune e não oferece risco para os bandidos eles certamente avaliarão que o crime compensa; a violência vai aumentar e teremos uma sociedade com medo devido a sensação de impunidade.


O pacifismo militante na política é tão desgraçado que, além de não lutar contra a injustiça, deseja proibir que os outros o façam! Seus adeptos costumam proferir pomposos discursos vitimistas em defesa dos menores (e maiores) de idade assassinos e estupradores, ignorando o clamor popular por mais segurança. Também não querem, por exemplo, que o cidadão tenha porte de armas, mesmo sabendo que a ocorrência de crimes é bem menor em lugares onde o porte é liberado. As alegações a favor da proibição partem sempre da premissa de que as pessoas estão despreparadas para o uso de armas de fogo, ignorando propositalmente a existência de cursos de capacitação e exames psicológicos para isso. Desta forma, todos os que obedecem a lei estarão desarmados e nas mãos daqueles que não obedecem; os transgressores poderão assaltar e invadir casas e estabelecimentos com toda a segurança e com a certeza que não receberão qualquer tipo de retaliação. Para esses pseudo-intelectuais reagir é se tornar semelhante ao criminoso. É ou não é uma lógica perversa?!

Muitos são pacifistas por ignorância (ou se preferir, burrice), outros o são por interesses escusos. A quem interessa a impunidade? A quem interessa ver o povo indefeso e sem armas? Caro leitor, existe uma malícia muito grande por trás do lobby desarmamentista. A história mostra que os piores ditadores e genocidas do mundo sempre desarmaram suas respectivas populações antes de cometerem atrocidades. É bom aprendermos com esse fato, para não chorarmos lágrimas de sangue mais tarde.


Concluindo: Seja um pacificador, mas não caia na falácia moderninha dos pacifistas. Parta sempre da ideia que o ser humano é mau e, portanto, as armas podem ser necessárias para manter a ordem e evitar a barbárie (mas não confie muito no governo para essa tarefa de te proteger). Não vote em políticos que querem tirar o direito fundamental da autodefesa, nem nos que pregam abertamente a proteção aos criminosos; despreze instituições e ONG’s que desejam o mesmo. Pode parecer um paradoxo, mas somente combatendo e rejeitando a ideologia pacifista é que poderemos diminuir toda essa violência que tomou conta do país e tornar o Brasil um pouco mais seguro.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O antissemitismo asqueroso na UFSM



Semana passada começou a circular nas redes sociais um memorando emitido pelo pró-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Prof. Dr. José Fernando Schlosser, solicitando o “envio urgente de informações sobre a presença ou a perspectiva de discentes e/ou docentes israelenses” no programa de pós-graduação da universidade. O documento afirma ainda que essa demanda é uma solicitação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), Diretório Central de Estudantes (DCE), e de um certo Comitê Santa Mariense de Solidariedade ao Povo Palestino; porém não divulga qual o motivo deste estranho pedido. No final do texto há uma inscrição onde se lê “Freedom For Palestine... Boycott Israel”. Apesar de colada posteriormente, como afirma o próprio Pró-reitor, a mensagem não altera em nada o sentido do conteúdo divulgado no memorando.

Dita a notícia, vou me ater a comentar a gravidade do fato em si. O ofício pode não explicar o porquê destas organizações pedirem informações sobre a presença de israelenses na universidade, mas não é preciso ser muito inteligente para entender que o objetivo é boicotar e intimidar judeus e outras pessoas ligadas a Israel. Acredite, isso não tem muito a ver com solidariedade ao povo palestino (não vemos essa pretensa “bondade” sendo oferecida a outros povos pelo mundo... alguém deixa de comprar produtos chineses por solidariedade aos tibetanos?), o ódio a Israel também tem fortíssimas razões ideológicas. O viés esquerdista das universidades federais e de seus respectivos DCE’s é bem conhecido; reflexo não apenas do nosso atual governo, mas de anos de infiltração e doutrinação marxista que começou ainda na década de 60. Agora, consolidado o poder, vemos o lado mais tenebroso dessa influência dando frutos.

Israel é um pequeno país, cercado por todos os lados de inimigos maiores e mais poderosos. Não obstante as muitas guerras que teve de enfrentar, Israel é uma nação com alto grau de desenvolvimento, é a única democracia do Oriente Médio e possui tecnologia avançada em muitas áreas. As descobertas e projetos de seus cientistas são de grande valor para a humanidade e nossas entidades acadêmicas só tem a ganhar fazendo parcerias com as empresas israelenses. Porque então a esquerda brasileira (e mundial) odeia tanto Israel? A resposta é bem simples, esse pequeno Estado representa tudo o que os marxistas mais odeiam: Liberdade econômica, liberdade religiosa, liberdade de expressão, democracia, desenvolvimento econômico através da iniciativa privada, etc... Preferem apoiar o Hamas, um grupo terrorista que degola e fuzila gente de seu próprio povo em praça pública. Então, quem são mesmo os obscurantistas?

Só que com isso não se brinca, esse tipo de ação irresponsável fomenta ódio e desprezo contra um povo que, a menos de 75 anos atrás, quase foi aniquilado pelo repugnante regime nazista. No mês passado estive em uma palestra sobre o holocausto na universidade em que estudo e, na ocasião, três velhinhos judeus, sobreviventes dos campos de concentração, relataram mais uma vez os horrores da perseguição. Nenhuma pessoa decente vai querer ver aquele genocídio acontecendo novamente, mas, em um mundo maluco como este que vivemos, todo cuidado é pouco, é preciso vigiar. Não adianta estas organizações evocarem a causa palestina como maneira de se justificarem. O conflito árabe-israelense é milenar e bastante complexo de se entender. Gente ocidental, que não tem paciência nem disposição para estudar o problema, não deveria se engajar de forma leviana em nenhuma militância.

Como costumo demorar para escrever, é possível que outros capítulos do caso já tenham se desenrolado. Mas sei que, até o momento, nenhuma das siglas citadas no memorando reconheceu que errou, apenas tentam justificar o ato com argumentos patéticos e incoerentes. Sei também que o MEC, em nota, reprovou a atitude da UFSM e afirmou que a lei de acesso a informação não pode ser utilizada para violar direitos fundamentais do cidadão, nem deve empregada como instrumento para facultar a discriminação de qualquer tipo. Levando em conta o histórico recente do MEC, esse posicionamento já é alguma coisa boa.

Vou continuar acompanhando o desenrolar dessa história pelo blog do jornalista Políbio Braga, e pela página PLETZ. Mas, espero que as entidades judaicas brasileiras não descansem até que os envolvidos sejam punidos. Não importa se esse foi um caso de xenofobia, de racismo, de antissemitismo ou simples preconceito religioso, a atitude foi discriminatória e precisa ser respondida.

domingo, 31 de maio de 2015

O enigmático manuscrito de Voynich

Na coleção de obras raras da biblioteca de Beinecke, Ray Clements, da universidade de Yale, repousa um misterioso livrinho com cerca de 500 anos, conhecido como manuscrito de Voynich. O manuscrito apareceu em 1912 e teria sido comprado de um colégio jesuíta na Itália por um polaco naturalizado americano chamado Wilfrid M. Voynich. Trata-se de um livro pequeno, cerca de 16 cm de largura, 22 cm de altura e 4 cm de espessura, confeccionado em pele de vitelo, com 122 folhas, totalizando 204 páginas e cerca de 35 mil palavras, a julgar pelos espaços. Mas é o conteúdo do manuscrito que têm quebrado a cabeça de muitos criptógrafos, linguistas, filólogos e outros especialistas.

O livro foi escrito em um idioma totalmente desconhecido e está repleto de ilustrações que vão desde plantas que parecem vir de outro planeta até símbolos supostamente relacionados a astrologia. Outra coisa que chama atenção é uma intrigante sequência de mulheres nuas com cabeças grandes, bochechas coradas e visivelmente grávidas; algumas estão mergulhadas até os joelhos em bizarros vasos interligados cheios de uma substância líquida escura de difícil identificação. Há também desenhos de esferas que lembram os tradicionais cortes de uma célula mostrando o citoplasma que vemos nos livros de biologia da escola e mais mulheres nuas tomando banho em grandes piscinas. O livro foi dividido em cinco seções, a saber: 1) Botânica; 2) Astronomia ou astrologia (não se sabe); 3) Biológica; 4) Farmacológica/medicinal; 5) A quinta seção não aparece imagem nenhuma, apenas os textos codificados e com marcações que parecem indicar alguma espécie de índice de itens. Tudo até agora absolutamente indecifrável. E uma curiosidade: Os caracteres desenhados lembram bastante a escrita élfica dos contos do escritor inglês J.R.R Tolkien, autor do livro “Senhor dos Anéis”.

Mulheres em uma piscina regada
por um dispositivo desconhecido.
Existem várias teorias que tentam explicar o que seria o tal manuscrito e quem seria seu autor. Alguns dizem que se trata de um livro de medicina, com uma série de receitas de ervas e banhos medicinais. Neste caso, ainda teria que ser explicado o porquê de o livro estar codificado. Estariam essas páginas escondendo alguma informação valiosíssima que precisou ser criptografada para não cair em mãos erradas? Seria um tratado de temas esotéricos escondido para escapar da inquisição? Já levantaram a ideia até de uma suposta linguagem alienígena... Uma das teorias mais aceitas, no entanto, é que se trata de uma mera fraude e os falsários seriam o astrólogo Edward Kelley e o filósofo John Dee para enganar Rodolpho II, imperador do Sacro Império Romano, já que livros raros e “misteriosos” eram (e ainda são) muito valiosos em termos financeiros. A ideia da fraude também ganhou força porque nem mesmo os maiores decifradores britânicos, nem os especialistas da marinha americana, responsáveis por decifrar TODOS os casos apresentados até então, conseguiram revelar o conteúdo do livro. Também pesa a favor da falsificação o fato de Wilfrid M. Voynich ser a única fonte original de informações sobre a real origem do manuscrito.

Apesar disso, a teoria da fraude não é definitiva, pois a datação por carbono 14 afirmou com 95% de certeza a data do manuscrito entre 1404 e 1438, ou seja, ele realmente é um documento muito antigo. Os testes realizados na tinta usada também dataram da mesma época. Isso quer dizer que, mesmo que seja um embuste, ele não foi forjado pelo próprio Voynich. Muitos pesquisadores continuam a tentar decifrar o misterioso código. Para quem quiser se dar o trabalho de tentar, o manuscrito está disponível para consulta na internet, em formato PDF através desde LINK. Boa sorte aos pretensos detetives e criptógrafos!


O código Voynich já foi mencionado inclusive na literatura algumas vezes, como no romance de terror ‘Codex’ de Roberto Salvidio (2008); no romance ‘O manuscrito de Deus’ de Michael Cordy, onde nele se revela um mapa com instruções para encontrar o jardim do Éden; no livro ‘A história errada’ de Erich Von Daniken, autor da célebre obra ‘Eram os deuses astronautas? ’ E mais recentemente no livro ‘O símbolo perdido’ de Dan Brown. Para quem curte, vale a pena dar uma pesquisada.

Documentário do History Channel sobre o Manuscrito Voynich:


sábado, 30 de maio de 2015

Desenhos da minha mãe


Coloquei os desenhos abaixo no meu Facebook e como várias pessoas gostaram resolvi compartilhar aqui no meu blog também. Essas obras de arte abstratas possuem traços de cubismo e são feitas com caneta esferográfica simples pela minha mãe em seu tempo de folga. Herdei dela o gosto pela arte e pela música clássica, mas jamais tive paciência de fazer esses desenhos tão elaborados e quase “psicodélicos”. Apesar de gostar mais das pinturas clássicas reconheço que nem tudo na arte contemporânea é ruim.



 







 


Vou dar uma tela e um conjunto de tinta óleo pra ver o que ela consegue fazer... heheh.

sábado, 2 de maio de 2015

Mc Brinquedo, Mc Melody e a expansão do lixo cultural

Escrever um artigo só para falar que o estilo de funk brasileiro conhecido como “proibidão” é um lixo, seria como chover no molhado; qualquer pessoa com o mínimo de bom senso sabe disso. Mas, parece que aquela mania nacional de dizer que o feio é bonito não conhece limites.
Não bastava a pobreza musical (técnica) inerente a este gênero; não bastava as letras machistas e nojentas que reduzem a mulher a um mero objeto de consumo masculino, além de fazerem apologia ao uso de drogas e a violência. Agora temos tudo isso multiplicado e cantado por crianças!

Há alguns anos, eu ingenuamente cheguei a pensar que nada pior que o grupo ‘Os havaianos’ poderia surgir, mas eu estava errado. Recentemente, uma onda de crianças surgiu na internet proferindo todo tipo de palavrões e promiscuidades em videoclipes gravados por produtoras profissionais. Esses funkeiros-mirins, na faixa dos 12 ou 13 anos, não estão apenas no Youtube, alguns inclusive marcam presença em bailes funk, ambientes proibidos para menores de idade (pelo menos na teoria). Não há dúvida que esse comportamento causa um impacto bastante negativo no desenvolvimento desses jovens. Mas, pais espertalhões como o da menina conhecida como Mc Melody, de apenas 8 anos, não tem o menor escrúpulo em expor a filha para uma plateia de marmanjos em troca de fama e dinheiro. O imbecil ainda se fez de coitadinho ao dizer que está sendo vítima de “preconceito contra o funk” e defendeu sua postura; mas voltou atrás após ver a reação indignada de milhares de internautas e a abertura de inquérito por parte do Ministério Público. Por pouco não perdeu a guarda da filha sob suspeita de “violação ao direito, ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes”. Essas alegações deveriam servir para indiciar também os pais dos meninos Mc Pedrinho, Mc Brinquedo e Mc Pikachu entre outros, bem como os responsáveis pelas produtoras. Aliás, nota-se inclusive um certo sexismo quando vemos que muitos se indignaram ao ver uma menininha sendo exposta a estes ambientes, mas se calam quando o mesmo ocorre com os meninos. Não se trata de uma guerra dos sexos, TODOS são crianças e não deveriam estar sendo expostos desta maneira.


Tratemos agora de outra questão: O que eles estão cantando está muito longe de ser cultura, é puro lixo.
Neste momento, sempre vai existir aqueles que dizem “Ah... mas funk é cultura, tu só diz isso porque não gosta do ritmo, blá blá blá...”. Não meus caros, funk não é cultura pelo simples motivo de que esse subproduto musical não acrescenta nada, nada mesmo de bom para a sociedade. É apenas um ritmo primitivo (um neandertal faria melhor) recheado com letras simplórias, que incentivam uma sexualidade prematura, o uso das drogas e a exaltação da violência. Na verdade, como sou músico amador, tenho até dificuldade de classificar essa manifestação sonora de “música”, pois harmonia e melodia são elementos desconexos ou praticamente inexistentes neste estilo. Não tem nada a ver com elitismo, não precisa ser erudito ou professor para perceber a baixa qualidade artística destas produções.

Fico indignado mesmo com o rumo que a cultura no Brasil está tomando, pois sei que podemos fazer melhor. O Brasil é um país lindo, pujante e cheio de culturas regionais riquíssimas. Esse solo já produziu gênios da música clássica como Heitor Villa Lobos e Carlos Gomes, também já produziu gênios de música mais popular como Tom Jobim, Pixinguinha e Raul Seixas entre tantos outros. Da nossa cultura musical saiu a bossa-nova e o samba, gêneros mundialmente apreciados. Isso sem falar da música regional gauchesca, nordestina e dos exóticos ritmos do norte do país. Em outras palavras, temos potencial para produzir alta cultura na música! Coisas que não serão esquecidas e nem substituídas pelo próximo sucesso.

Esse empobrecimento cultural está sendo financeiramente incentivado pelo governo? Com que interesse? Bom, não vou nem entrar nessa questão. Mas há indícios claros que o consumo deste lixo cultural afeta as estruturas mentais dos ouvintes causando alienação (não estou brincando!). Espero que algum dia, alguma alma acadêmica caridosa faça um estudo mais profundo sobre isso. 

Como disse no início do artigo, o brasileiro tem a péssima mania de dizer que o bonito é feio e o feio é bonito. Por exemplo: Ser honesto é ser trouxa; ser virgem é motivo de vergonha; favelas são bonitinhas; gostar de música clássica é ser esnobe; em alguns casos até mesmo os jovens que gostam de estudar acabam sendo hostilizados. Ou seja, uma legítima inversão de valores. Tudo isso é fruto da praga do politicamente correto da qual falarei em outra oportunidade.

Por enquanto, fica a dica para o leitor: Não se deixe levar por essa onda de funkeiros mirins, não contribua para destruir ainda mais nossa cultura, tão atacada nos últimos 50 anos, nem para o holocausto da infância de muitos jovens. Procure entretenimentos saudáveis e de qualidade. Acredite, eles ainda existem.

No vídeo abaixo, apenas um exemplo de como a bossa nova (ritmo nascido no Brasil) é mundialmente reconhecido e apreciado...

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