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domingo, 21 de maio de 2017

Mini glossário geopolítico (Parte 2)

Segunda parte do mini glossário de geopolítica. Mais uma vez saliento a importância de se aprofundar no estudo de cada um dos conceitos brevemente explicados aqui...

Marxismo cultural ou "Gramscismo" – Primeiro, é preciso ressaltar que existe diferença entre o marxismo clássico de Karl Marx e o marxismo cultural de Antônio Gramsci. Karl Marx defendia uma revolução do proletariado (classe dos trabalhadores) que, segundo ele, deveria tomar os meios de produção, mesmo que fosse necessário o uso da força. Mas, como vimos anteriormente, o capitalismo é o movimento natural da economia e por isso todas as experiências de implantação do socialismo (como modelo econômico) falharam. Então, em 1924, surge na Alemanha a Escola de Frankfurt, que tinha como objetivo estudar as falhas nas previsões de Marx. Um dos membros mais famosos desta escola era Antônio Gramsci (foto). Esse homem, líder do partido comunista italiano, chegou à conclusão que a sociedade estava seduzida pela tecnologia e pelos confortos proporcionados pelo capitalismo e uma revolução sangrenta não traria o resultado desejado. Gramsci percebeu que os planos de Marx somente teriam sucesso destruindo a cultura ocidental arraigada na sociedade. É neste momento que ocorre a ruptura do marxismo com a economia e logo em seguida a união desde à CULTURA; surge então o marxismo cultural. Hoje vemos, em nosso país, evidências da chamada revolução cultural socialista por toda parte. Para saber mais sobre a relação do marxismo com a cultura assista esse vídeo.

Civilização Ocidental – Podemos dizer que esse termo se refere a civilização que se desenvolveu na Oeste da Europa após a queda do Império romano e durante a consolidação do cristianismo, tendo posteriormente se espalhado para a América na época das grandes navegações. A civilização Ocidental é sustentada por três importantes colunas: O direito romano, a filosofia grega e a moral judaico-cristã. A cultura proveniente desta civilização é responsável por desenvolver e difundir a democracia pelo mundo e os ideais de liberdade de expressão e liberdade religiosa.

Multiculturalismo – Tecnicamente, esse termo serve para descrever a existência de várias culturas diferentes dentro da mesma região, que pode ser uma cidade ou um país. A política da diversidade cultural e étnica parece boa a princípio, afinal o Brasil é um bom exemplo de nação multicultural. No entanto, o que na verdade o multiculturalismo prega é que todas as culturas são MORALMENTE válidas e nenhuma tem o direito de impor seus valores sobre as outras.

Por exemplo, existem tribos na floresta amazônica que enterram suas crianças deficientes vivas e povos na África que tem a tradição de arrancar o clitóris das mulheres, mas os defensores desta filosofia acham que não devemos criticar ou interferir em tais costumes bárbaros. Mesmo que eles ocorram na nossa própria cidade! Ou seja, os imigrantes que entram no nosso país não são obrigados a assimilar nossa cultura ou nossas leis. Isso é tão grave que o movimento islâmico tem se aproveitado deste conceito para difundir e impor sua própria cultura e religião no Ocidente, mas, convenientemente, não estão nem um pouco interessados em praticar o multiculturalismo em seus próprios países, onde cristãos são tratados como gente de segunda classe, quando não são presos, torturados, ou mortos por fanáticos. A ideia parece absurda, mas para os multiculturalistas devemos “tolerar a intolerância deles”.

Eurasianismo – É o nome de um antigo movimento político e cultural russo. Atualmente representa um movimento socialista internacional encabeçado pela Rússia e apoiado pela China que possui ramificações em todo o mundo. Os eurasianistas tem como principal guru o professor russo Alexander Duguin e afirmam ser uma alternativa ao globalismo. É um movimento um tanto difícil de ser explicado ideologicamente. Uma boa forma para entender o Eurasianismo é ler alguns artigos do filósofo Olavo de Carvalho sobre o tema: “Eurasianismo e genocídio” e “O duguinismo no Brasil”
O vídeo ‘Projeto eurasiano para a Nova Ordem Mundial’ é bem interessante também. Lembrando que o movimento eurasiano é uma das três forças que no momento tentam conquistar a hegemonia global, juntamente com o islã e o globalismo ocidental.  

Neocons – São “falsos” conservadores que agem dentro dos partidos Democrata e Republicano (EUA). Diferente do conservador clássico, o neocon não está nem um pouco interessado em defender os valores tradicionais e a moral judaico-cristã. Pode-se dizer que é um esquerdista que se tornou nacionalista e está mais interessado em fazer dos EUA a ‘polícia do mundo’ do que qualquer outra coisa. Um bom exemplo é a ex-candidata Hillary Clinton, que se opõe a Coréia do Norte (comunista), mas também se opõe a valores pró-família e cristãos, normalmente defendidos por conservadores legítimos. Nesse sentido, é possível que a ex-candidata francesa Marine Le Pen também seja uma neocon.

Foro de São Paulo – Conferência de organizações de esquerda da América latina, criada por Lula e Fidel Castro nos anos 1990, com a intenção de restaurar o movimento comunista na América Latina, que havia entrado em crise com a queda da União Soviética. O projeto pretendia (e ainda pretende) tomar um a um todos os países da América do Sul e criar uma espécie de “pátria grande”, bem aos moldes da URSS. Apesar de bem documentado, o Foro de São Paulo foi ignorado como se fosse uma ‘teoria da conspiração’ pela imprensa. Funcionou bem até que a esquerda latino-americana começou a perder força política, primeiro no Paraguai, depois da Argentina e ainda com a queda do PT no Brasil e a ascensão de uma “nova direita”. Apesar disso a hegemonia cultural esquerdista ainda permanece forte. Especialmente na educação, na mídia e no meio artístico.

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