Antes de começar a tratar deste assunto eu gostaria de deixar bem claro que considero extremamente importante a submissão à autoridade da forma como ela é proposta pela Bíblia em Hebreus 13:17, pois isto traz grandes benefícios para a edificação da igreja.
Porém, o que temos visto acontecer atualmente é um abuso do bom senso por parte de diversos líderes evangélicos que tem se apoiado em textos bíblicos isolados para sustentar a idéia de que suas decisões não podem ser criticadas nem questionadas. Muitos implantam uma cultura de medo e coação, aproveitando a ignorância do povo, que não lê o seu próprio livro sagrado. Então a igreja passa a ver a vontade ou visão do pastor como sendo a própria “vontade de Deus” na terra, quer seja bíblica ou não! Assim sendo, qualquer um que argumente ou questione é logo visto como rebelde, insubmisso, e ainda está sujeito a toda sorte de retaliações através de isolamentos e até boicotes. Ou seja, é um verdadeiro terrorismo psicológico evangélico maligno.
Uma das passagens preferidas que estes líderes gostam de usar (e abusar) está no Salmo 105, verso 15 que diz: “Não toqueis nos meus ungidos nem maltrateis os meus profetas”.
Qualquer trecho bíblico precisa ser muito bem interpretado para não ser colocado fora do seu contexto correto, especialmente quando é um texto do velho testamento. Então vejamos...
Existiam apenas três classes de pessoas que eram consideradas ungidas do Senhor: reis, sacerdotes e profetas. No entanto, ao ler o Salmo 105 inteiro, fica muito claro que o autor está se referindo a TODO o povo de Israel. Então, se quisermos mesmo aplicar este exemplo a igreja isso indica que TODOS os cristãos verdadeiros são ungidos do Senhor. E para chegar a esta conclusão basta aplicar um silogismo bem simples, Cristo é uma palavra grega que quer dizer “ungido”, a palavra “cristãos” literalmente quer dizer “pequenos cristos”, ou seja, semelhantes a Cristo e, portanto também são ungidos pelo Espírito Santo.
Outro argumento bastante usado é dizer que Davi não quis tocar no rei Saul porque este foi ungido pelo Senhor (1 Sm 24: 1-6 e 1 Sm 26: 1-9).
Ora essa! Usar essa história para defender esse ridículo ensino de imunidade parlamentar espiritual é no mínimo subestimar minha inteligência. Está muito claro na Bíblia que as duas ocasiões estão se referindo a ferimentos físicos, Davi se recusou a matar seu inimigo e com razão, pois o rei Saul estava em uma situação indefesa nas duas ocasiões. (você provavelmente não cravaria Saul com uma lança quando ele entrou na caverna pra cagar e nem quando ele estava dormindo e desprotegido). Mas em nenhum sentido estes textos proíbem o questionamento, a crítica e a análise das coisas que nos são ensinadas.
Por outro lado, não há a necessidade de se criar uma revolução dentro da igreja por conta de pequenas diferenças doutrinárias que podem muito bem ser toleradas e debatidas com amor e sabedoria à luz da Bíblia. Até porque, muitas vezes as críticas têm motivações pecaminosas e lavam a divisões e ‘rachas’ que apenas atrapalham a edificação e o avanço da igreja de Cristo. Então o ideal mesmo é expor claramente seu ponto de vista ao pastor e permanecer em sua igreja. É claro que há casos mais graves, quando doutrinas fundamentais da nossa fé são violadas, quando a liderança é corrupta ou conivente com o pecado. Nestes casos se a liderança já foi alertada e exortada e a situação não muda o melhor mesmo é trocar de igreja. E sair sem causar confusão, pois também temos que ter em mente que Deus é soberano sobre todas as coisas.
Temos como exemplo o caso do padre alemão Martinho Lutero que ao pregar suas famosas teses no castelo de Wittemberg não pretendia se rebelar contra o papa, nem contra seus ditos ‘superiores’, apenas alertou sobre os desvios da igreja. Mediante a negligência do clero ele foi obrigado a sair da igreja romana... à bem da verdade foi expulso! Já pensaram o que teria acontecido se Lutero tivesse entrado nessa de “não toque no ungido”???
Provavelmente estaríamos ainda hoje na idade das trevas!
Que Deus nos de a sabedoria e o discernimento dos bereianos!
Porém, o que temos visto acontecer atualmente é um abuso do bom senso por parte de diversos líderes evangélicos que tem se apoiado em textos bíblicos isolados para sustentar a idéia de que suas decisões não podem ser criticadas nem questionadas. Muitos implantam uma cultura de medo e coação, aproveitando a ignorância do povo, que não lê o seu próprio livro sagrado. Então a igreja passa a ver a vontade ou visão do pastor como sendo a própria “vontade de Deus” na terra, quer seja bíblica ou não! Assim sendo, qualquer um que argumente ou questione é logo visto como rebelde, insubmisso, e ainda está sujeito a toda sorte de retaliações através de isolamentos e até boicotes. Ou seja, é um verdadeiro terrorismo psicológico evangélico maligno.
Uma das passagens preferidas que estes líderes gostam de usar (e abusar) está no Salmo 105, verso 15 que diz: “Não toqueis nos meus ungidos nem maltrateis os meus profetas”.
Qualquer trecho bíblico precisa ser muito bem interpretado para não ser colocado fora do seu contexto correto, especialmente quando é um texto do velho testamento. Então vejamos...
Existiam apenas três classes de pessoas que eram consideradas ungidas do Senhor: reis, sacerdotes e profetas. No entanto, ao ler o Salmo 105 inteiro, fica muito claro que o autor está se referindo a TODO o povo de Israel. Então, se quisermos mesmo aplicar este exemplo a igreja isso indica que TODOS os cristãos verdadeiros são ungidos do Senhor. E para chegar a esta conclusão basta aplicar um silogismo bem simples, Cristo é uma palavra grega que quer dizer “ungido”, a palavra “cristãos” literalmente quer dizer “pequenos cristos”, ou seja, semelhantes a Cristo e, portanto também são ungidos pelo Espírito Santo.
Outro argumento bastante usado é dizer que Davi não quis tocar no rei Saul porque este foi ungido pelo Senhor (1 Sm 24: 1-6 e 1 Sm 26: 1-9).
Ora essa! Usar essa história para defender esse ridículo ensino de imunidade parlamentar espiritual é no mínimo subestimar minha inteligência. Está muito claro na Bíblia que as duas ocasiões estão se referindo a ferimentos físicos, Davi se recusou a matar seu inimigo e com razão, pois o rei Saul estava em uma situação indefesa nas duas ocasiões. (você provavelmente não cravaria Saul com uma lança quando ele entrou na caverna pra cagar e nem quando ele estava dormindo e desprotegido). Mas em nenhum sentido estes textos proíbem o questionamento, a crítica e a análise das coisas que nos são ensinadas.
Por outro lado, não há a necessidade de se criar uma revolução dentro da igreja por conta de pequenas diferenças doutrinárias que podem muito bem ser toleradas e debatidas com amor e sabedoria à luz da Bíblia. Até porque, muitas vezes as críticas têm motivações pecaminosas e lavam a divisões e ‘rachas’ que apenas atrapalham a edificação e o avanço da igreja de Cristo. Então o ideal mesmo é expor claramente seu ponto de vista ao pastor e permanecer em sua igreja. É claro que há casos mais graves, quando doutrinas fundamentais da nossa fé são violadas, quando a liderança é corrupta ou conivente com o pecado. Nestes casos se a liderança já foi alertada e exortada e a situação não muda o melhor mesmo é trocar de igreja. E sair sem causar confusão, pois também temos que ter em mente que Deus é soberano sobre todas as coisas.
Temos como exemplo o caso do padre alemão Martinho Lutero que ao pregar suas famosas teses no castelo de Wittemberg não pretendia se rebelar contra o papa, nem contra seus ditos ‘superiores’, apenas alertou sobre os desvios da igreja. Mediante a negligência do clero ele foi obrigado a sair da igreja romana... à bem da verdade foi expulso! Já pensaram o que teria acontecido se Lutero tivesse entrado nessa de “não toque no ungido”???
Provavelmente estaríamos ainda hoje na idade das trevas!
Que Deus nos de a sabedoria e o discernimento dos bereianos!
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