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segunda-feira, 27 de março de 2017

O rei dos ratos

Estava lendo alguns artigos curiosos essa semana e me deparei com um texto sobre um fenômeno raro, e muito nojento, chamado de ‘rei dos ratos’. O termo é usado para referir-se ao entrelaçamento das caudas de diversos ratos que permanecem coladas com uma mistura de sangue, excrementos e sujeira ressecada. Diz-se que os animais crescem assim desde pequenos, de maneira que o enlaçamento das caudas se calcifica, formando uma espécie de “único ser” composto por indivíduos mortos e ratos vivos vorazes que se movimentam juntos.

O fenômeno é frequentemente associado à Alemanha, país onde foi encontrado o maior número de casos. Segundo uma teoria, o fato do rei dos ratos acontecer mais em países frios, pode indicar que os indivíduos se ajuntavam em grandes grupos como forma de preservar o calor durante os invernos rigorosos o que contribuía muito para o entrelaçamento. No passado, a aparição de um rei dos ratos estava ligada a uma série de superstições e presságios ruins relacionados a pragas (faz sentido né?!).

O primeiro caso registrado de um rei dos ratos é datado de 1564 e não da idade média como muitos imaginam. Mas o maior exemplar conhecido, tinha 32 ratos e foi descoberto dentro da chaminé de um moinho em Buchheim no ano de 1828; os ratos foram mumificados e atualmente estão em exibição no museu de mauritianum em Altenburgo (ver ilustração principal).

Alguns outros foram encontrados ao longo da história:
•    Em 1748 Müller Johann Heinrich Jäger achou um em seu moinho com 18 indivíduos vivos!
•    Em 1775 um rei dos ratos com 16 indivíduos apareceu em Lindenau, Alemanha.
•    Dois grupos foram encontrados em 1822 Döllstedt Rattenkönige : Um deles com 14 e os outro com 28 ratões.
•    Em fevereiro de 1963, um camponês achou um com 7 indivíduos na Holanda.
•    Em Abril de 1986 um rei dos ratos com 9 indivíduos foi encontrado em Mache, França. Atualmente ele está exposto em um museu na cidade de Nantes.

O avistamento desse bizarro fenômeno se tornou cada vez mais escasso com o avançar da Era moderna (felizmente!). Alguns acreditam que isso ocorreu porque, no século XVIII, o rato-preto (R.rattus) de cauda fina foi substituído pelo rato-marrom (Rattus norvegicus) de cauda mais grossa e, portanto, mais difícil de enrolar. Claro que as melhoras das condições de higiene ajudaram bastante também.... Hoje o rei dos ratos acontece de forma bastante esporádica. O último caso foi descoberto em 16 de janeiro de 2005, em uma fazenda na Estônia, região de Vorumaa e contava com 16 indivíduos, 9 deles estavam vivos e arrastando os mortos.Uma visão bastante desagradável sem dúvida!

Fonte: Mundo Gump



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