O ano
de 2015 está terminando. E apesar da correria habitual desta época,
também é um momento propício para fazer uma reflexão pessoal a respeito dos
últimos doze meses. O que vou escrever aqui provavelmente não interessa a
muitas pessoas, mesmo assim vou compartilhar porque, talvez, um ou outro dos
meus leitores possa se identificar.
O que
dizer deste ano? Para mim 2015 foi especialmente desastroso. Posso dizer que já
passei por épocas bem melhores ao longo da minha vida. O ano não começou ruim,
na verdade eu tinha uma boa expectativa nos primeiros dias de janeiro: Tinha
passado na faculdade e feito a matricula, tinha uma reserva financeira
razoável, estava voltando de férias bem descansado e disposto para o trabalho,
etc. Então, apesar da obscura vitória da Dilma em outubro de 2014 anunciar um
ano de extremas dificuldades, achava que nenhuma crise me atingiria tão cedo. Só
precisava de alguns elementos para as coisas andarem como eu estava planejando:
A liberação do FIES até o final de janeiro e minha transferência para o turno
do dia na empresa que eu trabalhava (servia também algum outro emprego, desde
que o financiamento saísse logo). Pois bem, nenhuma destas duas coisas
aconteceram. E foi aqui que algumas decisões erradas da minha parte arruinaram
totalmente 2015 pra mim.
A
“novela” do FIES se estendeu até o final do semestre, mas sempre havia a
esperança do financiamento ser liberado a qualquer momento, desta forma eu não
cancelei a matricula no início de fevereiro, como deveria ter feito. E para
piorar, a crise atingiu a empresa que eu trabalhava, e em vez da transferência
de turno solicitada, eles acabaram me demitindo no início de abril. Senti que
ventos de dificuldades poderiam se abater em breve.... Procurei emprego em toda
parte, primeiro no setor que havia acabado de sair, depois em outras áreas que
eu já trabalhei e até em áreas onde nunca trabalhei. Mas o pior erro que cometi
foi pedir um empréstimo financeiro com juros nas lojas Marisa. Em poucos meses
o dinheiro da minha rescisão, do FGTS e do seguro-desemprego evaporaram e me vi
num beco sem saída.
Outras
áreas sofreram mudanças inesperadas também, por exemplo, na igreja que eu
congregava a mais de quatro anos. Ao que parece, alguns atritos de natureza doutrinária
que ocorreram em 2014 deixaram marcas profundas entre a liderança. Isso se
confirmou no final de abril desde ano quando os líderes mais capacitados que
tínhamos no ministério acabaram saindo da igreja (também eram os melhores
músicos). Não vou entrar aqui no detalhe dos motivos pois são um tanto
complexos. Ficou difícil para mim continuar participando do ministério de
louvor, a igreja fica no outro lado da cidade. Até mesmo ir aos cultos se
tornou complicado.
No entanto, decidi continuar indo por um tempo, graças a gentileza de irmãos queridos que sempre me conseguiram uma carona na hora de voltar para casa. Mas, ao mesmo tempo, percebi em outras pessoas que minha presença ali já era dispensável e até incômoda. Nunca dei motivo algum para escândalos, nunca preguei ou ensinei heresias, sempre incentivei o estudo bíblico e a oração! Mesmo assim as confusões me encontraram, mesmo assim fui julgado com parcialidade... Acho que meu erro foi querer congregar em um lugar que valorize mais a Palavra de Deus do que uma “visão” ministerial que na maioria das vezes só serve para alimentar sonhos de grandeza neopentecostais. Eu quis ajudar, mas alguns acham que organização e ordem são sinônimos de “frieza” espiritual. Me afastei daquele local e como era de se esperar, ninguém veio me perguntar o que aconteceu, não fui procurado nem para dizer “tchau”. Obviamente fico triste com isso, mas nada que abale minha fé no Criador e na Igreja de Cristo.
No entanto, decidi continuar indo por um tempo, graças a gentileza de irmãos queridos que sempre me conseguiram uma carona na hora de voltar para casa. Mas, ao mesmo tempo, percebi em outras pessoas que minha presença ali já era dispensável e até incômoda. Nunca dei motivo algum para escândalos, nunca preguei ou ensinei heresias, sempre incentivei o estudo bíblico e a oração! Mesmo assim as confusões me encontraram, mesmo assim fui julgado com parcialidade... Acho que meu erro foi querer congregar em um lugar que valorize mais a Palavra de Deus do que uma “visão” ministerial que na maioria das vezes só serve para alimentar sonhos de grandeza neopentecostais. Eu quis ajudar, mas alguns acham que organização e ordem são sinônimos de “frieza” espiritual. Me afastei daquele local e como era de se esperar, ninguém veio me perguntar o que aconteceu, não fui procurado nem para dizer “tchau”. Obviamente fico triste com isso, mas nada que abale minha fé no Criador e na Igreja de Cristo.
Agora
está tudo bem, estamos nos últimos momentos de 2015 e essas coisas são águas
passadas... não guardo mágoa de ninguém (e isso é sério mesmo!), amo a todos em
Cristo Jesus. Um ano novo está chegando, e em 2016, com a permissão de Deus,
quero reconstruir o que os infortúnios destruíram esse ano. Não tenho tempo
para ressentimentos e lamentações, só quero poder dizer como o salmista disse
no Salmo 126:4 “restaura a minha sorte como as torrentes do Neguebe”. Que o
Senhor possa nos dar paz, tranquilidade e saúde. E o que eu desejo a todos os
que agora estão lendo esse pequeno blog, pois essas bênçãos valem muito mais do
que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar. Vamos em frente que a estrada
será longa...
Um Feliz
2016!!!
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