Tempestades,
furacões, tornados, inundações, secas e terremotos atingem a humanidade todos
os anos causando incontáveis prejuízos materiais e levando preciosas vidas
humanas a morte. Ninguém que mora sobre a face da terra está livre dos desastres
naturais. Essa semana pesadas chuvas caíram sobre o Rio Grande do Sul, deixando
centenas de pessoas desabrigadas, tanto no interior quanto na região
metropolitana. E na última quarta-feira, uma forte chuva de granizo se abateu
sobre várias cidades, destruindo os telhados de muitas casas, inclusive da
minha!
Foi
uma noite terrível. Era cerca de 22:00 horas quando o céu foi tomado por relâmpagos
que não paravam de cair nem por um minuto. Em seguida, pedras de gelo do
tamanho de bolas de Ping-pong despencaram das nuvens abrindo buracos enormes
nas telhas. Foi uma correria para salvar nossas coisas de valor da forte chuva
que começou a cair dentro de casa e ainda precisamos varrer continuamente a
água até as 3:00 horas da madrugada para evitar uma inundação maior. O pátio
também ficou completamente alagado. Felizmente – exceto pelo telhado – os
prejuízos foram mínimos pois conseguimos remover quase todos os objetos para
outra parte da casa onde o teto é de concreto. Muitos, porém, perderam quase
tudo. No outro dia foi grande o movimento de pessoas consertando o telhado e
fazendo compras nas ferragens e madeireiras. Moro há 30 anos neste lugar e
nunca tinha visto isso aqui.
Esse
fato inédito me fez perceber o quanto nós, cidadãos comuns, estamos extremamente
vulneráveis aos “castigos” da natureza e parte disso se deve a nossa própria
cultura. É comum acharmos que nada vai acontecer conosco e por isso não temos o
hábito de se precaver para enfrentar possíveis situações de risco. Quantos tem o
costume de estocar alimentos e água em casa? Quantos tem reservas de
combustível, pilhas e lanternas para o caso de um blackout prolongado? Quantos
tem uma reserva financeira emergencial? Quem gasta tempo estudando rotas de
fuga ou planejando meios de proteger a casa e a família de algum infortúnio? São
poucos os que pensam nestas coisas. Mas são questões que deveriam ser
consideradas seriamente, ainda mais por aqueles que não são ricos o bastante para
simplesmente se mandar para outro lugar qualquer do país ou do mundo.
Até
mesmo uma simples falta da água nos mostra o quanto estamos fragilizados e
dependentes do Estado e dos órgãos públicos: A maioria das casas não tem
reservatórios e ficam sem água potável em poucas horas. Os estoques dos mercados
se esgotam rapidamente, então não se pode confiar neles. Para quem mora em
apartamento é mais complicado, mas quem mora em uma casa pode investir em boas
caixas d’agua ou em uma pequena cisterna para captar água da chuva. Isso pode
suprir uma família por meses.
Outra
coisa importante que deveríamos pensar é que esses desastres naturais podem
causar violentos distúrbios urbanos (assaltos, saques, etc.) gerando um estado
de sítio. O que seria de nós se tivéssemos que passar seis meses trancados em
nossas casas? Não é caro, nem difícil fazer uma armazenagem adequada de grãos e
outros alimentos não perecíveis, mas são poucos os que a fazem. Quem tem espaço,
pode plantar pequenas árvores frutíferas, hortaliças ou vegetais, e não precisa
ser um espaço muito grande. Ter uma ou mais armas também é importante para
rechaçar uma eventual invasão. Não vai querer deixar sua mulher e seus filhos à
mercê de bandidos, não é?
E se
ficássemos sem energia elétrica? Tempestades como as que ocorreram essa semana
aqui na minha região, podem deixar uma localidade sem luz por vários dias e isso
já causa um prejuízo enorme. Mas algo ainda mais grave pode acontecer. Uma
tempestade solar geomagnética causada por um buraco de massa coronal pode destruir
satélites e inutilizar TODOS os equipamentos eletrônicos que usamos, levando a
humanidade de volta ao estilo de vida do século XVIII. Isso já aconteceu em
1859, no início da era dos telégrafos e há relatos de postes que incendiaram ou
soltaram faíscas com o brilho intenso vindo do céu. Na época as pessoas pouco
sentiram os efeitos, mas agora a civilização é muito mais dependente da energia
elétrica e dos meios de comunicação. E até podemos imaginar o caos em que o
mundo mergulharia!
O que
faríamos sem internet, telefone celular ou telefone fixo funcionando para uma
comunicação imediata com as pessoas que amamos? Teremos combustível suficiente
para buscar alguém em um ponto mais distante ou para enfrentar o frio e a
escuridão das noites? Será que temos um plano para reunir a família em um local
seguro? A maioria certamente nem pensa nisso.
O
transtorno causado pela chuva de granizo foi pouco se comparado aos transtornos
que podem ser causados pela tempestade solar ou por um terremoto. Por isso,
acredito que vale a pena deixarmos de gastar nosso precioso dinheiro apenas em
coisas fúteis. As coisas que mencionei como: um armazenamento de comida, uma
reserva de água e combustível, a posse de uma arma, um plano de defesa e fuga
da cidade e uma reserva de dinheiro podem ser vitais para a sua sobrevivência e
a de sua família em um futuro incerto. E não é preciso ter muita grana. Um pequeno
investimento, uma pequena ação a cada mês pode ser feita no sentido de obter um
bom planejamento em caso de calamidade. Isso não é loucura, nem paranoia, é
prudência. Melhor é ter tudo pronto e não precisar do que precisar e não ter
nada.
Pense
nisso!
Crédito da segunda foto: Leonardo Savaris
3 comentários:
Show se bola teu texto e pensamento;!!! É a mais pura verdade!!! Já tenho lista p começar minhas reservas...estas últimas pedras, com todo os seus prejuízos, deixaram bem claro....
Show se bola teu texto e pensamento;!!! É a mais pura verdade!!! Já tenho lista p começar minhas reservas...estas últimas pedras, com todo os seus prejuízos, deixaram bem claro....
Saudações,
A Terra, e consequentemente nossas vidas, são muito mais vulneráveis do que gostamos de pensar.
Basta um evento de grandes proporções, como a queda de um meteoro, ou um raio solar para desestabilizar tudo aquilo que construímos.
Por isso o alerta é sempre importante: algum momento um desastre vai acontecer, e só resta saber quando e onde.
Grande abraço.
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