Um dos casos policiais (e
ufológicos) mais impressionantes já ocorrido no Brasil aconteceu em meados de
agosto de 1966, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro e ficou conhecido
mundialmente como “o caso das máscaras de chumbo”.
No sábado de 20 de agosto
de 1966, um jovem chamado Jorge de Costa Alves, estava procurando sua pipa com
outros meninos quando localizou dois corpos no alto do morro do Vintém, bairro
Santa Rosa em Niterói (RJ) e imediatamente acionou a polícia. Os dois estavam
deitados de costas no chão, um ao lado do outro, em uma cama de folhas de
pintoba (um tipo de palmeira da região); estavam vestidos com ternos limpos e
usavam capas de chuva; perto, havia um estranho marco de cimento, uma garrafa
de água magnesiana, um pacote de papel com duas toalhas, uma folha de papel
alumínio que parece ter sido usada como copo, um par de óculos escuros com uma
aliança em uma das hastes, um pequeno lenço com as letras “M.A.S”, um papel
contendo algumas equações de eletrônica, duas máscaras de chumbo para proteção
dos olhos e um bilhete com a escrita:
16:30h. estar no local determinado
18:30h. ingerir cápsula após efeito aguardar sinal máscara
O médico legista Astor
Pereira de Melo, que fez a autópsia dos corpos, não conseguiu identificar a
causa da morte já que não foram encontrados sinais de violência física, nem de
envenenamento, bem como ausência de contaminação por materiais radioativos (pra
que as mascadas de chumbo?). Todos os exames toxicológicos realizados deram
negativos. Mas através dos documentos que portavam pode-se identificar que as
vítimas eram Miguel José Viana (34), e Manoel Pereira da Cruz (32), ambos
moradores na cidade de Campos dos Goitacazes, interior do Rio de Janeiro;
técnicos em eletrônica e sócios. Exames grafotécnicos apontaram que o
enigmático bilhete foi escrito por Miguel José Viana.
O mais perturbador foram
os acontecimentos da noite de 17 de agosto, noite da provável morte dos dois
homens. Várias testemunhas teriam ligado para a polícia para informar o
surgimento de objetos voadores não identificados no alto do morro do Vintém;
Este objeto era de forma arredondada/ovalada, de cor laranja com intensos raios
azuis saindo em halos do seu interior. Mais do que isso, a polícia conseguiu
identificar o que eles fizeram desde que saíram de sua cidade até o momento de
serem encontrados mortos no alto do morro vejam...
* Em algum momento ainda no
mês de agosto de 1966 fabricaram as máscaras de chumbo que seriam usadas na
fatal experiência. Restos do material usado ainda estavam na oficina que os
dois mantinham.
* Em 16 de agosto, noite de
terça-feira, Manoel Pereira informa sua mulher que iria a São Paulo juntamente
com seu sócio para comprar um carro usado e componentes eletrônicos para o
estoque da oficina. Pegou um pacote com uma quantia em dinheiro equivalente
hoje a R$ 2.500,00 e saiu.
* Em 17 de agosto,
quarta-feira às 9:00hs da manhã tomam o ônibus na rodoviária, não para São
Paulo mas para Niterói. Por algum motivo desconhecido os dois mentiram para
suas famílias.
As 14:30hs do mesmo dia
eles chegam a rodoviária de Niterói. Passaram em uma loja de componentes
eletrônicos onde eram fregueses no centro de Niterói; Em seguida entraram em
outra loja e compraram capas de chuva e, apesar da forte chuva que caia, saíram
rapidamente sem vestir as capas; Na sequência entraram em um bar na avenida
Marquês do Paraná e compraram uma garrafa de água magnesiana. O atendente do
bar relatou mais tarde que Miguel parecia nervoso e consultava as horas no
relógio a todo momento.
Foram em direção ao
morro... o vigia Raulino de Matos, viu quando Miguel e Manoel chegaram em um
jipe dirigido por uma terceira personagem: um homem loiro acompanhado de mais
duas pessoas que nunca foram identificadas. Apenas os dois desceram do jipe e
subiram o morro a pé.
Na manhã de 18/08/1966,
quinta-feira, um menino chamado Paulo Cordeiro Azevedo dos Santos, que estava
caçando passarinhos, viu os corpos e avisou o guarda Antônio Guerra. Estranhamente
o sujeito não deu importância ao alerta e por causa disso a polícia ainda
demorou dois dias para chegar aos corpos. Mais tarde o guarda foi ouvido pelo
delegado Venâncio Bittencourt, que cuidou do caso; Dizia-se na época que
Antônio Guerra teria subido ao morro e revistado os cadáveres para se apropriar
de dinheiro e objetos de valor encontrados.
Dois dias depois, no
sábado, por volta das 18:00 horas, outro menino, Jorge da Costa Alves, estava
procurando uma pipa com a ajuda de outros garotos quando sentiram o mau cheiro
e localizaram a dupla. Avisaram a polícia (2ª DP de Niteroi) e no dia seguinte,
domingo pela manhã, finalmente a polícia subiu o morro dos Vinténs juntamente
com os bombeiros, jornalistas e curiosos para resgatar os corpos.
As evidências no cenário
reforçaram a hipótese de haver uma terceira personagem; Alguém que poderia ter
cortado as folhas de Pintoba ou levado o dinheiro por exemplo. Mas, nada disso
explicava a presença daquelas curiosas máscaras de chumbo no local. Talvez essa
terceira pessoa tivesse organizado e dirigido o experimento mas não
participado.
A polícia chegou a prender
o espírita Élcio Correia Gomes, amigo dos dois técnicos em eletrônica. O mesmo
teria introduzido os dois em estranhas experiências de objetivo ignorado.
Tempos atrás, Élcio, Miguel e Manoel teriam causado uma enorme explosão na
praia de Atafona, Rio de Janeiro. A explosão criou um clarão e um tremor tão
grande que alguns pensaram que havia acontecido um terremoto. Mas, no final, a
polícia não encontrou nenhuma prova contra Élcio Correia Gomes e acabou por
soltá-lo dias depois.
Assim que a notícia da
morte dos dois saiu nos jornais, algumas pessoas resolveram ligar para a
polícia para relatar fenômenos com OVNI’s que teriam acontecido justamente na
noite do dia 17, data em que provavelmente os dois sócios foram mortos. Uma
senhora chamada Gracinda Barbosa Coutinho de Sousa disse ter avistado um objeto
de forma ovalada, de cor alaranjada, com um anel de fogo de onde saíam raios azuis
de várias direções. Porém, outros técnicos em eletrônica acreditam que a hipótese
mais provável é que eles tenham sido atingidos por um raio pois nesse dia
chovia muito na região.
O Padre Oscar Gonzalez
Quevedo (sim, o famoso padre Quevedo), especialista em estudos de fenômenos
parapsicológicos, deu uma entrevista para o jornal O Globo na época e informou
que máscaras de chumbo eram usadas para testes potencialmente letais dentro do
ocultismo. Segundo algumas correntes ocultistas, os novos mundos emanam
irradiações luminosas fortíssimas, capazes de fulminar o experimentador. Por
isso a necessidade das máscaras. Essas experiências são conhecidas como psigama
e hiperestesia.
No primeiro caso o
experimentador procura liberar a alma para conseguir captações espirituais, e
na segunda, os nervos hiperexcitados são o instrumento pelo qual o homem
procura sentir aspectos sutis da realidade que o cerca. Em ambas experiências o
Padre Quevedo frisa que para conseguir êxito em qualquer uma dessas
experiências, são indispensáveis muitos exercícios e perfeito estado físico (Só
um alerta: jamais procure fazer esse tipo de coisa, sua experiência certamente
será perigosa ou desagradável).
O caso das “Máscaras de
Chumbo”, como ficou conhecido, já foi divulgado até no programa “Linha Direta”
da Rede Globo e permanece até hoje sem solução. O que teria acontecido? Alguma
trágica tentativa de contato com os mundos superiores (ou inferiores)? Alguma
experiência parapsicológica e ocultista? Teriam os dois sido enganados para
serem roubado e mortos? Foi mesmo um raio?
Este é mais um mistério que provavelmente nunca será solucionado.
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