Em 27 de abril de 2013,
o presidente americano John F. Kennedy pronunciou um discurso, o penúltimo de
sua vida, denunciando a atividade criminosa e suspeita das sociedades secretas.
Pouco tempo depois ele foi assassinado quando passeava de carro aberto em
Dallas. Era um momento importante da história
da nação e tempos da guerra fria. Por isso, apesar da investigação posterior
afirmar que o atirador agiu sozinho, muitos acreditam que ele foi vítima de uma
conspiração obscura. Não se sabe ao certo que “forças” eram estas que deixaram
Kennedy tão preocupado e indignado, mas hoje ao vermos os rumos que o mundo tem
tomado com o avançar da Nova Ordem Mundial, podemos ver que ele sabia muito bem
do que estava falando. Talvez John F. Kennedy tenha sido o último presidente
americano livre para dizer o que pensava...
Acompanhe o discurso:
A palavra secreta é
repugnante para uma sociedade e somos um povo intrínseca e historicamente
avesso às sociedades secretas. Decidimos, há muito tempo atrás que os perigos
de ocultar excessivos e injustificáveis atos pertinentes foram mais perigosos
do que o perigo que citaram para justificá-los. Ainda hoje não há muita
oposição à ameaça que são as sociedades secretas e das restrições arbitrárias
destas. Ainda hoje há reduzidos valores garantindo a sobrevivência da nação. Se
as nossas tradições não sobrevivem com tudo isso, existe um perigo muito grave
de uma necessidade anunciada de se aumentar a segurança, que será aproveitada
por aqueles que estão ansiosos por expandir seu significado, chegando até os
limites da censura e encobrimento, e eu farei tudo o que estiver a meu alcance
para impedi-los, e que nenhum funcionário da minha administração, seja seu grau
alto ou baixo, civil ou militar, interprete as minhas palavras nessa noite como
justificativa para censurar ou para suprimir a dissensão ou para encobrir
nossos erros, nem para reter da imprensa ou do público os fatos que eles
merecem ter conhecimento.
Existe uma conspiração
monolítica e impiedosa ao redor do mundo, à qual nós nos opomos, que conta com
meios secretos de convertermos à sua causa, para assim, aumentar sua esfera de
influência, como a infiltração ao invés
da invasão, a subversão ao invés das eleições, a intimidação ao invés da livre
escolha, guerrilhas noturnas ao invés de exércitos de dia. É um sistema que
conseguiu recrutar uma vasta fonte de recursos humanos e materiais, dentro de
uma máquina de alta eficiência, que combina operações militares, diplomáticas,
de serviços de inteligência, econômicas, científicas e políticas. Seus planos e
a execução dos mesmos não vêm a público, não são publicados; os seus erros se
enterram e não aparecem em primeira página; seus dissidentes são silenciados e
não abalados; nenhum gasto é questionado; nenhum rumo inspecionado; nenhum
segredo é revelado.
Nenhum presidente devia
temer a inspeção pública de seu programa, porque dessa inspeção vem a
compreensão, vem o apoio ou a oposição, e ambos são necessários. Não estou pedindo a imprensa que apoie a
administração, mas peço a sua ajuda na tremenda tarefa de alertar o povo
americano, e tenho inteira confiança na resposta e na dedicação dos nosso
cidadãos. Eu não poderia suprimir a controvérsia de seus leitores. Eu lhes
agradeço.
Esta administração tem
a intenção de ser sincera quanto aos seus erros. Como disse um sábio: “Um erro
não chega a ser um erro, até que você se recuse a corrigi-lo”. Temos a intenção
de aceitar total responsabilidade por nossos erros, e a esperança que vocês nos
apontem os erros quando não o percebemos. Em tese, nenhuma administração em
nenhum país pode triunfar, e nenhuma república sobreviver, e é por isso que o
legislador ateniense Solo decretou que é um crime para qualquer cidadão não
recorrer de controvérsia, e é por isso que nossa imprensa foi protegida pela
Primeira Emenda, a única imprensa na América especificamente protegida pela
Constituição, não primariamente para entreter ou divertir, não para acentuar o
trivial e o sentimental, não para simplesmente dar ao público o que ele quer,
mas para informar, desvendar, refletir e indicar nossos perigos, nossas oportunidades,
para indicar nossas crises e nossas escolhas, para dirigir, moldar, educar, e
às vezes enfurecer a opinião pública. Dessa forma, o mais distanciado não
estará distante; se encontrará mais a mão e local. Isso significa uma atenção
mais ampla e uma melhor compreensão das notícias, bem como uma melhora nas
transmissões e, finalmente, significa que o governo em todos os níveis, deve
ter a obrigação de proporcionar a informação mais completa possível, até mesmo
além dos limites estreitos da segurança nacional. E dessa maneira, na imprensa
e nesses arquivadores de acontecimentos humanos, guardiões da consciência e
mensageiros das notícias, buscamos a forma e a assistência, confiantes de que
com sua ajuda o homem será para o que nasceu ser: livre e independente.
(John Fritzgerald
Kennedy, 35º presidente dos EUA)
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