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terça-feira, 29 de abril de 2014

O enigmático discurso de John Kennedy

Em 27 de abril de 2013, o presidente americano John F. Kennedy pronunciou um discurso, o penúltimo de sua vida, denunciando a atividade criminosa e suspeita das sociedades secretas. Pouco tempo depois ele foi assassinado quando passeava de carro aberto em Dallas.  Era um momento importante da história da nação e tempos da guerra fria. Por isso, apesar da investigação posterior afirmar que o atirador agiu sozinho, muitos acreditam que ele foi vítima de uma conspiração obscura. Não se sabe ao certo que “forças” eram estas que deixaram Kennedy tão preocupado e indignado, mas hoje ao vermos os rumos que o mundo tem tomado com o avançar da Nova Ordem Mundial, podemos ver que ele sabia muito bem do que estava falando. Talvez John F. Kennedy tenha sido o último presidente americano livre para dizer o que pensava...

Acompanhe o discurso:
A palavra secreta é repugnante para uma sociedade e somos um povo intrínseca e historicamente avesso às sociedades secretas. Decidimos, há muito tempo atrás que os perigos de ocultar excessivos e injustificáveis atos pertinentes foram mais perigosos do que o perigo que citaram para justificá-los. Ainda hoje não há muita oposição à ameaça que são as sociedades secretas e das restrições arbitrárias destas. Ainda hoje há reduzidos valores garantindo a sobrevivência da nação. Se as nossas tradições não sobrevivem com tudo isso, existe um perigo muito grave de uma necessidade anunciada de se aumentar a segurança, que será aproveitada por aqueles que estão ansiosos por expandir seu significado, chegando até os limites da censura e encobrimento, e eu farei tudo o que estiver a meu alcance para impedi-los, e que nenhum funcionário da minha administração, seja seu grau alto ou baixo, civil ou militar, interprete as minhas palavras nessa noite como justificativa para censurar ou para suprimir a dissensão ou para encobrir nossos erros, nem para reter da imprensa ou do público os fatos que eles merecem ter conhecimento.

Existe uma conspiração monolítica e impiedosa ao redor do mundo, à qual nós nos opomos, que conta com meios secretos de convertermos à sua causa, para assim, aumentar sua esfera de influência, como  a infiltração ao invés da invasão, a subversão ao invés das eleições, a intimidação ao invés da livre escolha, guerrilhas noturnas ao invés de exércitos de dia. É um sistema que conseguiu recrutar uma vasta fonte de recursos humanos e materiais, dentro de uma máquina de alta eficiência, que combina operações militares, diplomáticas, de serviços de inteligência, econômicas, científicas e políticas. Seus planos e a execução dos mesmos não vêm a público, não são publicados; os seus erros se enterram e não aparecem em primeira página; seus dissidentes são silenciados e não abalados; nenhum gasto é questionado; nenhum rumo inspecionado; nenhum segredo é revelado.

Nenhum presidente devia temer a inspeção pública de seu programa, porque dessa inspeção vem a compreensão, vem o apoio ou a oposição, e ambos são necessários.  Não estou pedindo a imprensa que apoie a administração, mas peço a sua ajuda na tremenda tarefa de alertar o povo americano, e tenho inteira confiança na resposta e na dedicação dos nosso cidadãos. Eu não poderia suprimir a controvérsia de seus leitores. Eu lhes agradeço.
Esta administração tem a intenção de ser sincera quanto aos seus erros. Como disse um sábio: “Um erro não chega a ser um erro, até que você se recuse a corrigi-lo”. Temos a intenção de aceitar total responsabilidade por nossos erros, e a esperança que vocês nos apontem os erros quando não o percebemos. Em tese, nenhuma administração em nenhum país pode triunfar, e nenhuma república sobreviver, e é por isso que o legislador ateniense Solo decretou que é um crime para qualquer cidadão não recorrer de controvérsia, e é por isso que nossa imprensa foi protegida pela Primeira Emenda, a única imprensa na América especificamente protegida pela Constituição, não primariamente para entreter ou divertir, não para acentuar o trivial e o sentimental, não para simplesmente dar ao público o que ele quer, mas para informar, desvendar, refletir e indicar nossos perigos, nossas oportunidades, para indicar nossas crises e nossas escolhas, para dirigir, moldar, educar, e às vezes enfurecer a opinião pública. Dessa forma, o mais distanciado não estará distante; se encontrará mais a mão e local. Isso significa uma atenção mais ampla e uma melhor compreensão das notícias, bem como uma melhora nas transmissões e, finalmente, significa que o governo em todos os níveis, deve ter a obrigação de proporcionar a informação mais completa possível, até mesmo além dos limites estreitos da segurança nacional. E dessa maneira, na imprensa e nesses arquivadores de acontecimentos humanos, guardiões da consciência e mensageiros das notícias, buscamos a forma e a assistência, confiantes de que com sua ajuda o homem será para o que nasceu ser: livre e independente.
 (John Fritzgerald Kennedy, 35º presidente dos EUA)


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