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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O professor que reprovou uma turma inteira

Essa história é bastante conhecida nas redes sociais. Não sei qual é a origem, mas certamente já é uma parábola dos tempos modernos. Vale a pena ler...
 


Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira. Essa classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto, seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que, em teoria, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "10".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "7". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi "4". Ninguém gostou...

Depois da terceira prova, a média geral foi um "2". As notas não voltaram a patamares mais altos, mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e o senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina...

Então o professor explicou:

"O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande". Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coreia do Norte, Venezuela. E o Brasil e a Argentina, estão chegando lá se algo não mudar urgentemente.

Deveríamos aprender e decorar os princípios abaixo...
1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do que prega o socialismo, é impossível   multiplicar as riquezas tentando dividi-las;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

Não acabe com o nosso país. Ensine aos ignorantes o que realmente é o socialismo!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Estranho objeto circular nos confins do Phoenix



Em abril do ano passado (2016) um canal do Youtube chamado “ETs&Etc”, dedicado a estudar e publicar fenômenos ufológicos, publicou um vídeo com imagens do Google Earth onde um curioso objeto circular aparece em uma região desértica do sul dos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Phoenix. O objeto tem cerca de 10 metros de largura de uma ponta a outra, possui o que parece ser cinco estruturas circulares na parte superior da “fuselagem”, apresenta uma coloração preta com detalhes brancos e uma misteriosa caminhonete branca está estacionada perto. Não há cidades ou aldeias por perto; o local é totalmente ermo.

Os autores do vídeo não afirmam que tal objeto possa ser um “disco voador”, mas relembram que o estado de Phoenix foi palco, em 1997, de um dos maiores avistamentos coletivos de OVNI da história do país, episódio que ficou conhecido mundialmente como “As luzes de Phoenix” até hoje. Em seguida questionam se tal objeto é algum veículo de origem extraterrestre ou algum projeto secreto de retro engenharia do governo.

Não costumo publicar coisas relacionadas a objetos voadores não identificados, mas algo me chamou atenção nesta matéria... Então fui eu mesmo conferir o que aparece nestas coordenadas através do Google Earth e lá está o objeto no mesmo local! Obviamente a caminhonete já não aparece nas atualizações seguintes. Outro fato interessante é que pouco mais de 560 metros ao sul existe uma pequena instalação humana, ao lado de uma estrada de chão batido. O “acampamento” é formado por duas casas/chalés e duas caminhonetes; uma branca e outra preta.

Não faço ideia do que seja essa estrutura circular neste lugar remoto, mas certamente não é uma “nave extraterrestre”, caso fosse já teria sido removida para algum lugar subterrâneo. Talvez seja uma estação meteorológica, talvez alguma edificação usada pelos fazendeiros da região ou ainda algum projeto científico que desconhecemos. Mas não deixa de ser algo que desperta a curiosidade dos curiosos... O seria essa coisa? Qual a relação entre o motorista das caminhonetes com o objeto? As conjecturas estão liberadas! As coordenadas para quem quiser ver no Google Earth são 31°26’42.72″N 109° 4’30.27″O. Abaixo postarei os prints que fiz do local e o vídeo original com os créditos ao canal “ETs&Etc”.
Confira...

Essa imagem dá uma ideia do isolamento do local, na volta apenas montes e um vasto deserto....

E finalmente o referido vídeo...






domingo, 13 de agosto de 2017

Opinião: Caso Daniela Araújo

Essa semana o “mundo gospel” foi agitado por uma sequência de áudios publicados na internet que revelaram o envolvimento da cantora Daniela Araújo com drogas. Bom... não ia mais falar, nem escrever sobre isso, porque esse é o tipo de assunto que quanto mais mexe mais fede. No entanto, com a repercussão que esse caso teve não pude deixar de observar um curioso comportamento de grande parte dos evangélicos. Cerca de 90% dos comentários que li nas redes sociais (Facebook, Twitter e Youtube) tinham o seguinte teor: “Não devemos julgar a moça, pois também temos nossos pecados” ou então “Que cara idiota, expondo ela na internet”.



Sobre o primeiro argumento uma outra frase viralizou: “A única diferença da Daniela Araújo pra nós é que o erro dela foi exposto. Os nossos só estão escondidos”. Paremos para pensar um pouco.... De fato, somos totalmente necessitados da Graça e da misericórdia de Deus TODOS os dias, pois se gravassem e divulgassem nossas vidas é possível que muitas ações indesejáveis da nossa parte também fossem reveladas. Mas, em que pese o fato de cometermos vários pecados durante a semana, o cristão verdadeiro não sente nenhuma alegria nisso, pelo contrário, se arrepende, pede perdão, se levanta e volta a caminhar a longa jornada da santificação. O próprio apóstolo Paulo afirmou isso em várias ocasiões (Ler 1 Coríntios 9:27 e Filipenses 3:12-21).

Contudo, esse não parece ser o caso da pobre Daniela. Muito pelo contrário, quem se deu ao trabalho de escutar todas as gravações não consegue encontrar ali uma pessoa arrependida, e sim alguém que convive numa boa com o pecado como se ele fosse um parceiro bem-vindo. Não, não é normal que um cristão verdadeiro fume, encha a cara de álcool, se drogue, use linguagem depravada, viva em adultério, etc. Tudo ao mesmo tempo! E o mais grave de tudo... Afirmar sem o menor temor, como ela afirmou, que a Bíblia “não é toda verdade” ou que a Bíblia foi “deturpada”. Especialmente para um protestante isso soa absurdo. É a quebra do dogma da SOLA SCRIPTURA. Assim como é um absurdo ela ser aceita para “ministrar” em igrejas e eventos quando ela mesmo não tinha uma igreja, nem um pastor a quem prestar contas. Quem pode fazer tudo isso e ainda assumir uma posição de referência para os adolescentes cristãos? Ser exemplo sem poder ser exemplo? O nome disso é HIPOCRISIA.

Logo, argumentar que a cantora não pode ser censurada por ninguém porque todos somos pecadores é perder totalmente o sendo de proporção e de discernimento. É abrir espaço para relativizar os pecados mais medonhos dentro da Igreja. Parece que neste ponto as pessoas estão mesmo fora de si porque a maioria se preocupou rapidamente em defende-la dos supostos “julgadores” na Internet, que na realidade nem eram tantos. Ora amigos... Quem vive esse tipo de vida não está cometendo um “deslize”, está vivendo deliberadamente no erro!

E sobre o segundo argumento... Curiosamente, os que apelam pelo “ame mais e julgue menos” para a Dani, são os mesmos que estão crucificando sem piedade o rapaz que divulgou os vídeos. Esse amor é seletivo? Ela não pode ser criticada pelo comportamento inadequado, mas ele pode? Olha.... Não sei se ele divulgou o vídeo por vingança pessoal ou não. Talvez ele já estivesse desesperado procurando ajuda, não encontrou pastor, nem igreja, apenas uma família omissa que se recusou a fazer qualquer coisa, então a única solução encontrada foi trazer o caso à público; para que talvez desta forma ela busque ajuda para o problema das drogas.

Os que se queixam que ele a expôs desnecessariamente e acabou com a carreira dela esperavam o que?? Que ela continuasse enganando milhares de jovens? Que ela continuasse ganhando dinheiro da oferta de irmãos que ingenuamente acreditavam em um ministério de mentira?  Eu não acompanho muito o trabalho musical dela, mas essas pessoas que acompanham e financiam tinham o direito de saber a verdade.

Enfim, não me entendam mal.... Também gosto dela e fiquei triste com essa situação. Quem não ficou triste ao ouvir essa boca usada para cantar louvores ao Criador falando tantos palavrões e imprecações? Ela é uma jovem simpática (que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente), carismática e poderia ser uma grande ferramenta no Reino de Deus. Ainda pode! Por isso torço primeiro para que ela se arrependa verdadeiramente, e depois para que ela dê explicações e peça desculpas sinceras aos seus admiradores. Isso sim seria o começo de uma restauração na vida dela e de um ministério humilde, mas firmado em Jesus.

Sei que nem todos concordam com minha opinião, na verdade a maioria discorda, mas há algo que todos nós concordamos: Precisamos orar por ela! Para que tendo pregado o Evangelho a tantos ela mesma não venha a se perder. Precisamos orar por nós mesmos, pois a Bíblia diz que “aquele que pensa estar em pé cuide para que não caia” (1 Coríntios 10:12). E claro.... Precisamos orar pela Igreja brasileira no geral, pois esse tipo de escândalo só dá ainda mais motivo de escárnio para os ímpios. Por hora acho que já falei o bastante, não pretendo voltar a esse assunto, pois há coisas igualmente sérias a comentar nas próximas postagens... Como a geopolítica no extremo oriente. 
Fiquem todos com Deus.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Piolhos carnívoros do mar atacam as pernas de um adolescente na Austrália

Um jovem morador da cidade de Melbourne, Austrália, está no hospital se recuperando do que parece ser o ataque de uma espécie de “piolho” que come carne. No último sábado (5), Sam Kanizay, de 16 anos, resolveu ir tomar um banho na praia de Dendy Street em Brighton, subúrbio de Melbourne. Mas pouco depois de entrar na água as pernas do rapaz ficaram cobertas por um enxame de insetos carnívoros que fizeram vários pequenos buracos em seus tornozelos. Ao sair do mar, Sam notou que suas pernas estavam cobertas de sangue. A princípio ele pensou que havia se machucado em alguma rocha, porém logo observou que o sangramento vinha de várias partes dos pés e dos tornozelos e foi ao hospital. Os médicos não tinham certeza, mas imaginaram que os pequenos insetos famintos poderiam ser algum tipo de piolho-do-mar.

Jarrod, pai do menino, decidiu voltar ao local do ataque para investigar por conta própria. Usando um pedaço de carne, o homem conseguiu capturar uma quantidade considerável de pequenos piolhos-do-mar e os trouxe para o hospital Sandrigham, Victoria. “Eu coloquei a carne em uma rede e eles pegaram isso como um café da manhã”, disse o homem ao portal de notícias britânico Mail Online. Esses piolhos são parasitas marinhos e se alimentam do muco, tecido da pele e do sangue dos peixes hospedeiros. Apesar disso, especialistas em vida marinha disseram que este caso é bastante incomum. O biólogo Michael Brown, com 20 anos de experiência chegou a afirmar ao Sunrise on Channel Seven que nunca tinha visto nada assim antes.

Sam teve seus ferimentos medicados e agora espera alta do hospital. Uma biopsia foi feita para certificar que não mais destas criaturas sob a pele de suas pernas. Apesar do incidente os moradores do Sunday Morning Herald continuam indo nadar no mar de Brighton. Segundo o Dr. Poore, outro jovem já tinha sido atacado em 2015 por estes mesmos animais em uma praia próxima. "É uma história fascinante para mostrar que os animais estão em áreas urbanas, não vivemos totalmente separados da natureza. Assim como há mosquitos e sanguessugas em terra que morderão os humanos, o mesmo acontece no oceano", disse o Dr. Poore. E eu aqui com medo de baleias e tubarões... Bizarro!


Assista o vídeo!

sábado, 5 de agosto de 2017

O que é o conservadorismo?


1) Os homens e as nações são governados por leis morais; e essas leis têm origem numa sabedoria mais que humana – na justiça divina. Os problemas políticos são, no fundo, problemas religiosos e morais. O estadista sábio tenta apreender a lei moral e se conduz de acordo com ela. Temos todos uma dívida moral com nossos antepassados, que nos confiaram a guarda da civilização, e um dever moral para com as gerações que virão. Esta dívida nos foi ordenada por Deus. Não temos, portanto, o direito de interferir despudoradamente na natureza humana ou no delicado tecido de nossa ordem social civil.

2) As marcas de uma alta civilização são a variedade e a diversidade. Uniformidade e igualdade absoluta são a morte de qualquer real vigor e liberdade na existência. Os conservadores resistem com força resoluta à uniformidade de uma tirania ou oligarquia, e à uniformidade daquilo que Tocqueville chamou o “despotismo democrático”.

3) “Justiça” significa que cada homem e cada mulher tem direito àquilo que lhe é próprio – às coisas mais adequadas à sua natureza, à recompensa pela sua habilidade e integridade, à sua propriedade e à sua personalidade. A sociedade civilizada demanda que todos os homens e mulheres tenham direitos iguais perante a Lei, mas essa igualdade não deve se estender à igualdade de condições: ou seja, a sociedade é uma grande parceria em que todos têm os mesmos direitos – mas não as mesmas coisas. Uma sociedade justa requer lideranças sólidas, remunerações diferentes para diferentes habilidades, e um senso de respeito e dever.

4) Propriedade e liberdade são inseparáveis; nivelamento econômico não é progresso econômico. Os conservadores valorizam a propriedade como algo em si mesma, é claro; mas eles a valorizam ainda mais pelo fato de que sem ela todos estariam à mercê de um governo onipotente.

5) O poder é cheio de perigos; assim, o bom Estado é aquele em que existem pesos e contrapesos e é restringido por constituições e costumes sólidos. Tanto quanto possível, o poder político deve se manter nas mãos de cidadãos comuns e instituições locais. A centralização é geralmente um sinal de decadência social.

6) O passado é um grande repositório de sabedoria; como Burke disse, “o indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia”. Os conservadores acreditam que precisamos nos guiar pelas tradições morais, pela experiência social e pelo grande e complexo corpo de conhecimento transmitido pelos nossos antepassados. O conservador vai além das apressadas opiniões de momento e recorre ao que Chesterton chamou “a democracia dos mortos” – ou seja, às opiniões abalizadas dos homens e mulheres sábios que viveram antes de nós, à experiência da raça. Em resumo, os conservadores sabem que não nascemos ontem.

7) A sociedade moderna necessita urgentemente ser uma comunidade verdadeira: e uma comunidade verdadeira é um mundo inteiramente diferente do coletivismo. Comunidades reais são governadas pelo amor e pela caridade, e não pela compulsão. Por meio de igrejas, associações de voluntários, governos locais e uma variedade de instituições, os conservadores buscam manter a comunidade sadia. Conservadores não são egoístas, mas sim dotados de espírito público. Eles sabem que o coletivismo é o fim da comunidade real, pois esse substitui a variedade pela uniformidade e a cooperação espontânea pela força.

8) Nas relações internacionais, os conservadores americanos sentem que seu país deve ser um exemplo para o mundo, mas não deve tentar refazer o mundo à sua imagem. É uma lei, tanto da política quanto da biologia, que todo ser vivo ama acima de tudo – mesmo acima da própria vida – sua personalidade distinta, que o destaca de todas as outras coisas. Os conservadores não aspiram à dominação mundial nem sentem prazer na ideia de um mundo reduzido a um único padrão de governo e civilização.

9) Os conservadores sabem que os homens e mulheres não são perfectíveis, muito menos as instituições políticas. Não podemos criar um paraíso na Terra, mas podemos torná-la um inferno. Somos todos criaturas em que se misturam o bem e o mal; e, se as boas instituições são negligenciadas e os antigos princípios morais ignorados, o mal em nós tende a predominar. Sendo assim, os conservadores desconfiam de todos os esquemas utópicos. Eles não creem que se possa resolver todos os problemas da humanidade pelo poder do direito positivo. Podemos esperar tornar o mundo tolerável, mas não há como torná-lo perfeito. Se o progresso foi alcançado, ele o foi por meio do prudente reconhecimento das limitações da natureza humana.

10) Os conservadores estão convencidos de que “mudança” e “melhoramento” não são sinônimos: inovações morais e políticas podem ser tanto destrutivas como benéficas; e se tais inovações são empreendidas num espírito de arrogância e entusiasmo, provavelmente será algo desastroso. De tempos em tempos todas as instituições humanas alteram-se em certa medida, já que a mudança lenta é o meio de se conservar a sociedade assim como é o meio de se renovar o corpo humano. Mas os conservadores americanos buscam reconciliar o crescimento e as alterações essenciais á nossa vida com a força de nossas tradições morais e sociais. Como Lord Falkland, eles dizem: “Quando não é necessário mudar, é necessário não mudar”. Eles sabem que homens e mulheres sentem mais contentamento quando vivem num mundo estável de valores perenes.

O conservadorismo então não é simplesmente coisa de pessoas que têm dinheiro ou influência; não é simplesmente defender status ou privilégios. A maioria dos conservadores não têm nem dinheiro e nem poder. Mas todos, mesmo o mais humilde deles, obtém grandes benefícios de nossa República. Eles possuem liberdade, segurança pessoal e para seus lares, igual proteção da lei, direito aos frutos de seus empreendimentos, e a oportunidade fazer o melhor que são capazes de fazer. Têm o direito à personalidade em vida, e o direito à consolação na morte. Os princípios conservadores abrigam as esperanças de todos na sociedade. E o conservadorismo é um conceito social importante para todos que desejam justiça equitativa, liberdade pessoal e todos os bons e velhos hábitos da humanidade. O conservadorismo não é apenas uma defesa do “capitalismo” (“capitalismo”, de fato, é uma palavra cunhada por Karl Marx, concebida desde o início para insinuar que tudo que os conservadores defendem é a vasta acumulação de capital privado). Mas os conservadores verdadeiros defendem sim a propriedade privada e uma economia livre, tanto por elas mesmas quanto por serem meios para grandes fins.

Esses grandes fins são mais que econômicos e mais que políticos. Envolvem a dignidade humana, a personalidade humana, a felicidade humana. Envolvem inclusive a relação entre Deus e o Homem. Já o coletivismo radical de nossa época é violentamente hostil a qualquer outra autoridade: o radicalismo moderno detesta a fé religiosa, a virtude pessoal, a personalidade tradicional, e uma vida de satisfações simples. Tudo o que vale a pena conservar está ameaçado em nossa geração. A mera oposição negativa e não raciocinada ao atual estado de coisas, agarrando-se em desespero ao que ainda possuímos, não será suficiente nesta época. O conservadorismo instintivo deve ser reforçado por um conservadorismo do pensamento e da imaginação.

The Imaginative Conservative, 4 de Dezembro de 2013.
Russell Kirk. “What is Conservatism?”.
 Foto: Wikipédia

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