No
início do mês de julho, o famoso leão Cecil, um símbolo africano e morador do
parque nacional de Hwange no Zimbábue, foi morto por um dentista americano que
teria pago a quantia de 60 mil dólares (cerca de R$ 200.000) pelo “direito” de fazer
o safári e abater o felino. Esse fato veio a público essa semana e gerou grande
comoção no Zimbábue e em outras partes do mundo.
Diversas organizações de defesa dos animais lamentaram o ocorrido, não apenas porque o leão era uma estrela do parque e atraia muitos turistas, mas também pela forma como foi morto: Uma flechada deixou-o agonizando por 40 horas até que foi encontrado pelos caçadores e abatido com um tiro. Em seguida, Cecil foi decapitado e teve a pele arrancada, sua carcaça foi deixada para apodrecer na savana.
Diversas organizações de defesa dos animais lamentaram o ocorrido, não apenas porque o leão era uma estrela do parque e atraia muitos turistas, mas também pela forma como foi morto: Uma flechada deixou-o agonizando por 40 horas até que foi encontrado pelos caçadores e abatido com um tiro. Em seguida, Cecil foi decapitado e teve a pele arrancada, sua carcaça foi deixada para apodrecer na savana.
Mas,
como era de se esperar, não faltou gente se manifestando a favor da covarde e
estúpida atividade denominada como “caça esportiva”, e os argumentos são os
mais ridículos possíveis. Alguns defensores do atirador ricaço afirmam que o
ser humano vale muito mais do que qualquer animal e acham que a mídia está
fazendo muito barulho em cima do caso. Como se uma coisa anulasse a outra.
É
óbvio que o valor de um ser humano é incalculável e exatamente por isso, não
podemos fechar os olhos para o massacre de milhares de cristãos no oriente
médio e na África por causa de sua fé, nem esquecer os milhões de bebês mortos em
clínicas de aborto ao redor do mundo (sugiro que deem uma lida sobre o tal "Planned Parenthood"). Não podemos ficar indiferentes às
populações pobres que morrem de FOME na Ásia e na África. Mas isso não quer
dizer que dá para ignorar a perversidade com que foi morto o coitado do Cecil.
Aliás, quem defende o bem-estar humano deveria é estar indignado com o valor
absurdo que o americano pagou pelo “prazer” de abater o leão. Essa quantia
ajudaria a melhorar a vida de muitas comunidades pobres no próprio Zimbábue, não
é? Há
também aqueles que lançam mão de um argumento pseudo-religioso: “O homem é a
coroa da criação divina e Deus nos deu a terra para que a dominássemos...” Esse pessoal tem um sério problema com hermenêutica, pois a palavra “domine”
não significa matar e poluir irresponsavelmente. Um erro grave de interpretação.
Olha,
quem costuma acompanhar minhas postagens aqui no blog ou nas redes sociais,
sabe que eu sou um convicto defensor do direito ao porte de armas para os
cidadãos de bem. Armas são importantes ferramentas de defesa, tanto para
agressores humanos como para conter um ataque de um animal selvagem. São também
essenciais para quem depende da caça para sobreviver, pois há pessoas que vivem
longe dos grandes centros urbanos, em regiões tão inóspitas e geladas que o
abate de um alce ou mesmo um urso para servir de alimento é questão de vida ou
morte. Quem já assistiu séries como ‘Homens da montanha’ sabe bem do que estou
falando. Porém NADA justifica a prática da caça esportiva; nada que não seja
apenas sadismo (matar criaturas livres por puro prazer) e vaidade. Por incrível
que pareça, tem homens que fazem isso numa tentativa patética de afirmar sua
masculinidade.
Agora
o infeliz dentista se diz arrependido. Em suas lamurias diz que achava estar
fazendo um procedimento “legal” e entrou em pânico quando viu a coleira com o
localizador no leão. Aprendam uma coisa amigos leitores: nem tudo o que é “legal”
é necessariamente moral. E definitivamente esse tipo de passatempo é extremamente imoral. Especialmente em nosso tempo, onde o ser humano tem devastado florestas, sujado os oceanos, envenenado mananciais e tudo isso em nome do dinheiro.
Seria muito legal se um dia a humanidade evoluísse a tal ponto que questões como essa não fossem nem mais discutidas. Mas, infelizmente parece que, a despeito do avanço tecnológico, caminhamos em direção ao caos e não a iluminação do entendimento. Então, continuarei defendendo o que é certo. Vou continuar contra o desarmamento civil; vou continuar chorando e protestando contra massacres de cristãos; permanecerei contrário a prática do aborto e nessa lista entra também o meu repúdio à caça esportiva. Há muitas causas boas para defendermos e mesmo que algumas sejam mais importantes e urgentes que outras, repito: Uma luta não anula a outra!
Por enquanto é isso pessoal, um abraço a todos.
O Koiote
Seria muito legal se um dia a humanidade evoluísse a tal ponto que questões como essa não fossem nem mais discutidas. Mas, infelizmente parece que, a despeito do avanço tecnológico, caminhamos em direção ao caos e não a iluminação do entendimento. Então, continuarei defendendo o que é certo. Vou continuar contra o desarmamento civil; vou continuar chorando e protestando contra massacres de cristãos; permanecerei contrário a prática do aborto e nessa lista entra também o meu repúdio à caça esportiva. Há muitas causas boas para defendermos e mesmo que algumas sejam mais importantes e urgentes que outras, repito: Uma luta não anula a outra!
Por enquanto é isso pessoal, um abraço a todos.
O Koiote