Essa semana, a direção do colégio Anchieta de Porto Alegre, pertencente ao grupo jesuíta, protagonizou um incidente lamentável em suas dependências! Um incidente tão preocupante que leva a nós, pessoas mentalmente sadias, refletir sobre as drásticas consequências da histeria coletiva que tomou os governos locais e grande parte da sociedade. Sim, estamos vivenciando uma espécie de surto psicótico causado pelo medo da pandemia, que tem levado muita gente a se desconectar completamente da realidade e alguns até da sua própria humanidade!
É neste contexto que a direção do referido colégio não pensou duas vezes antes de chamar a polícia, tudo porque um menininho de apenas 7 anos recusou-se a usar a famigerada máscara no rosto. Segundo informações do blog do jornalista Políbio Braga, os políciais tentaram convencer a criança a recolocar a máscara, mas ele rejeitou o pedido, no que foi apoiada pelos pais.
Há muito tempo Porto Alegre não registra casos de crianças internadas por Covid e muito menos em leitos de UTI e um decreto municipal assinado pelo prefeito Sebastião Melo PROÍBE A EXIGÊNCIA das máscaras para crianças em sala de aula. Mas, a despeito do decreto, o colégio Anchieta obriga todos os alunos a usarem.
O abuso falou mais alto. Os policiais, tão necessários no combate à criminalidade nas ruas, mantiveram a ordem no colégio, mas não a lei. Essa foi – mais uma vez – atropelada pelos autocratas que surgiram com a pandemia.
E a criança? Ao que parece, ninguém da escola se preocupou em perguntar por que o menino se recusava a usar a maldita focinheira! Em muitas pessoas, o uso da peça causa estresse, nervosismo e até crises de ansiedade que culminam com episódios de hiperventilação. As crianças, pelo menos elas, deveriam estar isentas deste inferno, mas nem isso é levado em consideração. Aliás, infelizmente nos tempos histéricos que estamos vivendo, lógica, bom senso e empatia são coisas cada vez menos consideradas.
A criança saiu chorando da escola e não quis mais voltar; o pai, Marcio Lara, fez um boletim de ocorrência contra o colégio. E eu? Temo que casos assim se tornem cada dia mais comum.
Eliezer Lutero de Souza
Canal Baú do Koiote
Imagem: Site Jesuítasdobrasil.org.br