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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O estranho zumbido que está atormentando moradores de uma pequena cidade canadense e intrigando cientistas.

Há alguns anos atrás postei aqui no blog uma matéria sobre um misterioso zumbido que atormentava parte dos habitantes de uma cidadezinha chamada Taos, no interior do estado do Novo México (EUA). Agora um problema semelhante, só que maior e muito mais grave está acontecendo na cidade canadense de Windsor.

O som ouvido pelos moradores desta localidade é semelhante ao de um caminhão em movimento, a queda de um raio em ponto distante ou ao barulho que os alto-falantes fazem durante um evento musical. É intermitente, cessando as vezes e recomeçando depois de algum tempo. O ruído está causando problemas aos habitantes que reclamam de sofrer dores de cabeça, insônia, náuseas, fadiga, irritação e, em alguns casos mais graves, até depressão.

Mike Provost, morador de Windsor desde 2011, afirma que o poder do som é tão penetrante que as pessoas simplesmente perdem a capacidade de aproveitar o tempo com a família. Até mesmo assisir televisão é difícil, diz Provost. O zumbido está sendo chamado de "Windson Hum" em referência à cidade canadense que fica na fronteira dos Estados Unidos.


O fenômeno é tão intrigante que tem levado alguns especialistas a investigarem qual seria a origem do ruído, mas ninguém até agora conseguiu descobrir nada. A causa permanece um mistério, no entanto, as consequências tem sido perturbadoras para os habitantes de Windsor. Algumas pessoas já consideram a possibilidade de deixar a região devido ao problema. "Imagine ter que fugir de tudo o que você conhece e ama simplesmente para ter a oportunidade de se afastar do zumbido", escreveu Sabrina Wiese em um fórum online de pessoas afetadas pelo ruído. Cerca de 210 mil pessoas moram atualmente em Windsor, mas só uma pequena parcela das pessoas sofre com o zumbido. A cidade está localizada na divisa com a cidade americana de Detroit, conhecido centro industrial, principalmente de automóveis.

Provost, um aposentado que administra o fórum de afetados na internet explica que o ruído vai e vem durante o dia, mas se torna pior à noite. "Percebemos que o clima influencia. Quando faz frio, o som tende a diminuir. Quando tem vento, ele sobe. Não sabemos de onde vem e o que o causa", descreve ele no fórum. Com o tempo os afetados pelo zumbido notaram que a altitude também influencia: Quanto mais alto a pessoa está, mais alto ela percebe o ruído. Como se ele estivesse vindo da atmosfera acima.

O que diz as investigações?
Três pesquisas diferentes apontaram a ilha Zug, pertencente a cidade de Detroit, com fonte mais provável para o fenômeno. Análises sísmicas realizadas pela Agência Geológica do Canadá em 2011 confirmaram que o ruído em Windsor existe e tem como possível origem a ilha, que comporta um grande centro industrial da empresa United States Steel Corp.
Outro estudo da Universidade de Ontario Ocidental de 2013 sinalizou que "as possíveis fontes podem incluir escavações ou sistemas de ventilação industrial". O maior estudo é de 2014, realizado com instrumentos de medição da Universidade de Windsor. No entanto, a justiça americana não tem permitido acesso à ilha para um investigação mais acurada.

Casos mais antigos...
os Estados Unidos na década de 1990, à semelhança de Windsor, os especialistas também não conseguiram identificar a fonte dos zumbidos. O caso mais emblemático aconteceu na cidade de Taos, Novo México, onde 161 pessoas de uma população de 8 mil relataram incômodo com um ruído em 1993, Mas em Kokomo, no Estado americano de Indiana, 126 pessoas entre 46 mil habitantes também disseram sentir os efeitos de um zumbido e algumas disseram que redutores de ruído em instalações industriais aliviaram seus efeitos.

O especialista em acústica James Cowan aponta como provável explicação o fenômeno da "audição de micro-ondas". "É um fenômeno pelo qual as pessoas (incluindo as diagnosticadas com surdez) podem escutar sons relacionados com a exposição ao campo eletromagnético e que não têm a pressão acústica mensurável", diz Cowan. 
Talvez... Mas por enquanto o ruído ainda permanece um mistério!

Imagens: Michigan Standard e CBC.ca

Fonte : BBC Brasil



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