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quarta-feira, 19 de abril de 2017

O desafio da Baleia Azul e o vazio existencial de uma geração

Há alguns anos atrás escrevi uma matéria para este blog falando a respeito do jogo das pulseiras coloridas, um modismo inventando sei lá onde para incentivar a promiscuidade entre os jovens. Achei um absurdo na época (e ainda acho!). No entanto, quando se trata de destruir a vida dos jovens, parece que sempre surge, do fundo do inferno, algo ainda pior. E o maior exemplo disso é o maldito “jogo” da Baleia Azul. Esse desafio surgiu em 2015 na Rússia, entre os adolescentes daquele país, e nada mais é do que uma espécie de pacto de suicídio que já levou a morte pelo menos três jovens russas.

O que está sendo chamado de “jogo” é na verdade uma troca de mensagens em grupos fechados do Facebook, Whatsapp ou outra rede social. Os administradores destes grupos postam grotescas tarefas que os participantes devem cumprir; coisas como: desenhar uma baleia com uma lâmina de barbear na pele, ficar acordado o dia inteiro e assistir filmes de terror de madrugada, andar no parapeito de algum edifício muito alto, ficar horas escutando músicas psicodélicas entre outras coisas. Ao todo são cinquenta tarefas, a última pede que o participante retire a própria vida. Infelizmente essa perigosa prática se espalhou pelo mundo e já causou vítimas aqui no Brasil.

Parece que as coisas estão saindo do controle, tanto que até a mídia tem dado atenção aos novos casos que estão surgindo. Youtubers famosos e outras pessoas na Internet estão alertando a todo momento sobre a ‘Baleia Azul’ e fazendo apelos para os pais redobrarem a atenção com os filhos. Essa situação tem causado perplexidade nas pessoas, muita gente se pergunta porque jovens, aparentemente tão promissores têm se deixado levar por essa “brincadeira” macabra. É óbvio que esses pobres adolescentes JÁ ESTÃO deprimidos e tem uma predisposição para o suicídio, além de serem facilmente convencidos a acreditar que não há mais volta depois de entrarem.

De quem é a culpa?
Quem deve ser responsabilizado por essas trágicas mortes? Essa é uma questão importante e ao mesmo tempo bastante complexa. Certamente os bandidos que conceberam esse desafio em suas mentes doentias são culpados, mas eles são apenas a ponta do iceberg. Devemos nos questionar como esses monstros encontraram, nas redes sociais, um ambiente com tanta gente vulnerável.

O fato é que vivemos em meio a uma geração egoísta. Cada dia mais as pessoas têm se fechado em suas bolhas virtuais, buscando autoafirmação e prazeres efêmeros. Isso se torna um vício. E a primeira consequência disso é o esfriamento das relações com a família e com os amigos reais. Como os relacionamentos gerados na Internet são quase sempre superficiais e apenas estimulados por interesses em comum, valores importantes deixam de serem transmitidos.

Os jovens deixam de ter compaixão e empatia pelo próximo, esquecem a importância da palavra COMUNHÃO e fatalmente desenvolvem dentro de si um profundo vazio existencial. Milhões de pessoas sofrem com esse vazio. Uma sensação de angústia, uma falta de esperança que leva a uma tristeza profunda e a depressão. Muitos concluem erroneamente que não há o que fazer e é neste momento que os pensamentos suicidas passam a ser atraentes. Posso afirmar, com certeza, que não se trata apenas de “frescura” de adolescente, depressão é um problema seríssimo que pode ceifar muitas vidas.

É duro dizer isso, mas sim, os pais têm uma parcela de culpa por deixar que a televisão e a internet “eduque” e divirta seus filhos. Essa omissão é perigosa para as crianças! Desde muito cedo os pais devem se ocupar em ensinar as crianças a respeitar e a ajudar o próximo. É papel dos pais ensinar os filhos o valor do trabalho honesto, do respeito aos mais velhos, da justiça e sobretudo do verdadeiro amor (que alguns acham que não existe). Ignorar esses preceitos milenares, cultivados por nossos avós e bisavós, será desastroso para as gerações futuras.

Mas a culpa não é só dos pais. Nosso governo progressista/socialista também tem responsabilidade por não permitir que os adolescentes trabalhem e tenham uma ocupação para aprenderem a ter responsabilidade e compromisso com a sociedade. Isso feito a maneira correta, de forma alguma “rouba” a infância... Há tempo para tudo! É preciso lembrar daquele velho ditado: “cabeça vazia é oficina do Diabo”. (OBS IMPORTANTE: Eu sei que a depressão pode ser de origem patológica, mas a parte psicológica não pode ser esquecida).

Enfim, se alguma medida não for tomada, em breve surgirão outras bizarrices e assim a humanidade, sem Deus, caminha lentamente em direção a destruição.

Quero deixar aqui um link do Portal G1 com cinco dicas para que os pais interajam melhor com os filhos e evitem o isolamento, já é um bom começo. Abaixo, para quem quiser saber mais, também deixo um vídeo que fala um pouco da origem deste desafio da Baleia Azul e outras ligações de casos que surgiram essa semana...


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