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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Cientistas descobrem um enorme oceano no interior da terra


Um diamante marrom e sem valor comercial encontrado no estado do Mato Grosso, Brasil, pode ter confirmado a antiga teoria de que o interior do planeta abriga um VASTO OCEANO, pelo menos três vezes maior do que todos os oceanos da superfície. Esse oceano estaria localizado a cerca de 650 quilômetros de profundidade, no manto terrestre, isto é, a espessa camada no interior da terra, responsável pela maior parte da massa do planeta. Essa afirmação foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, liderados por Graham Pearson, geoquímico e principal autor do estudo.

A análise do diamante revelou um pequeno pedaço de um mineral de olivina conhecido como ringwoodite. Esse mineral se forma apenas sob pressão extrema, como a que existe a 600 quilômetros no manto da terra (camada de rocha quente entre a crosta e o núcleo do planeta). A real composição do manto ainda é um mistério para os cientistas, pois ele está situado a profundidades tão absurdas que nenhuma perfuratriz construída pelo homem conseguiu alcançá-lo ainda; mas supõe-se que seja semelhante aos meteoritos chamados condritos, feitos principalmente de olivina. As “pistas” sobre as rochas quentes que existem no manto chegam até a superfície através dos vulcões. Foi graças a estas atividades vulcânicas que o tal diamante foi expelido das entranhas da terra e chegou até a crosta.

Nas últimas décadas, os pesquisadores têm recriado configurações do manto em laboratório, atingindo olivina com lasers para simular o interior da Terra. Esses estudos laboratoriais sugerem que a olivina se transforma em uma variedade de outras formas correspondentes a profundidade a que se encontra. Por exemplo, entre 520 e 660 quilômetros de profundidade, a olivina se torna ringwoodite. Mas, até agora, ninguém tinha evidência direta de que era isso mesmo que ocorria.

Ainda segundo Pearson, as placas tectônicas reciclam a crosta terrestre, empurrando e puxando crosta oceânica em zonas de subducção, onde elas afundam no manto. Esta crosta embebida pelo oceano transporta água para dentro do manto, que pode acabar presa lá. “Acreditamos que uma parcela significativa da água na zona de transição do manto vem da colocação destas placas”, disse Pearson. “A zona de transição parece ser um cemitério de crostas engolidas”. No entanto, os cientistas alertam que é possível que nem todo o manto seja extraordinariamente rico em água, e que nem toda a camada da zona de transição seja tão molhada como indicado pelo ringwoodite. Ainda assim isso se traduz em um volume muito grande de água, muito maior do que todos oceanos da superfície.

Essa descoberta é tão importante que muda inclusive as atuais teorias sobre a formação dos oceanos na terra. Até agora se acreditava que a água provinha, exclusivamente, da colisão de cometas. Com esta descoberta, os cientistas terão de se questionar sobre a hipótese de a água sempre ter estado aqui, escondida nas profundezas do manto terrestre, e ocasionalmente expelida a partir das camadas de magma. Isto explicaria o porquê da região oceânica da Terra se manter relativamente estável e constante, durante milhões de anos, recorrendo a esta enorme reserva.

É curioso saber que dispomos de poderosos telescópios para observar as estrelas e planetas distantes, mas, ainda ignoramos muita coisa a respeito do que existe no interior do nosso próprio mundo.

Se ainda fosse vivo, o escritor Júlio Verne ficaria boquiaberto com essa descoberta! 

Para saber mais sobre o assunto:




Obs: Fotos meramente ilustrativas.

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