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segunda-feira, 8 de junho de 2015

O antissemitismo asqueroso na UFSM



Semana passada começou a circular nas redes sociais um memorando emitido pelo pró-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Prof. Dr. José Fernando Schlosser, solicitando o “envio urgente de informações sobre a presença ou a perspectiva de discentes e/ou docentes israelenses” no programa de pós-graduação da universidade. O documento afirma ainda que essa demanda é uma solicitação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), Diretório Central de Estudantes (DCE), e de um certo Comitê Santa Mariense de Solidariedade ao Povo Palestino; porém não divulga qual o motivo deste estranho pedido. No final do texto há uma inscrição onde se lê “Freedom For Palestine... Boycott Israel”. Apesar de colada posteriormente, como afirma o próprio Pró-reitor, a mensagem não altera em nada o sentido do conteúdo divulgado no memorando.

Dita a notícia, vou me ater a comentar a gravidade do fato em si. O ofício pode não explicar o porquê destas organizações pedirem informações sobre a presença de israelenses na universidade, mas não é preciso ser muito inteligente para entender que o objetivo é boicotar e intimidar judeus e outras pessoas ligadas a Israel. Acredite, isso não tem muito a ver com solidariedade ao povo palestino (não vemos essa pretensa “bondade” sendo oferecida a outros povos pelo mundo... alguém deixa de comprar produtos chineses por solidariedade aos tibetanos?), o ódio a Israel também tem fortíssimas razões ideológicas. O viés esquerdista das universidades federais e de seus respectivos DCE’s é bem conhecido; reflexo não apenas do nosso atual governo, mas de anos de infiltração e doutrinação marxista que começou ainda na década de 60. Agora, consolidado o poder, vemos o lado mais tenebroso dessa influência dando frutos.

Israel é um pequeno país, cercado por todos os lados de inimigos maiores e mais poderosos. Não obstante as muitas guerras que teve de enfrentar, Israel é uma nação com alto grau de desenvolvimento, é a única democracia do Oriente Médio e possui tecnologia avançada em muitas áreas. As descobertas e projetos de seus cientistas são de grande valor para a humanidade e nossas entidades acadêmicas só tem a ganhar fazendo parcerias com as empresas israelenses. Porque então a esquerda brasileira (e mundial) odeia tanto Israel? A resposta é bem simples, esse pequeno Estado representa tudo o que os marxistas mais odeiam: Liberdade econômica, liberdade religiosa, liberdade de expressão, democracia, desenvolvimento econômico através da iniciativa privada, etc... Preferem apoiar o Hamas, um grupo terrorista que degola e fuzila gente de seu próprio povo em praça pública. Então, quem são mesmo os obscurantistas?

Só que com isso não se brinca, esse tipo de ação irresponsável fomenta ódio e desprezo contra um povo que, a menos de 75 anos atrás, quase foi aniquilado pelo repugnante regime nazista. No mês passado estive em uma palestra sobre o holocausto na universidade em que estudo e, na ocasião, três velhinhos judeus, sobreviventes dos campos de concentração, relataram mais uma vez os horrores da perseguição. Nenhuma pessoa decente vai querer ver aquele genocídio acontecendo novamente, mas, em um mundo maluco como este que vivemos, todo cuidado é pouco, é preciso vigiar. Não adianta estas organizações evocarem a causa palestina como maneira de se justificarem. O conflito árabe-israelense é milenar e bastante complexo de se entender. Gente ocidental, que não tem paciência nem disposição para estudar o problema, não deveria se engajar de forma leviana em nenhuma militância.

Como costumo demorar para escrever, é possível que outros capítulos do caso já tenham se desenrolado. Mas sei que, até o momento, nenhuma das siglas citadas no memorando reconheceu que errou, apenas tentam justificar o ato com argumentos patéticos e incoerentes. Sei também que o MEC, em nota, reprovou a atitude da UFSM e afirmou que a lei de acesso a informação não pode ser utilizada para violar direitos fundamentais do cidadão, nem deve empregada como instrumento para facultar a discriminação de qualquer tipo. Levando em conta o histórico recente do MEC, esse posicionamento já é alguma coisa boa.

Vou continuar acompanhando o desenrolar dessa história pelo blog do jornalista Políbio Braga, e pela página PLETZ. Mas, espero que as entidades judaicas brasileiras não descansem até que os envolvidos sejam punidos. Não importa se esse foi um caso de xenofobia, de racismo, de antissemitismo ou simples preconceito religioso, a atitude foi discriminatória e precisa ser respondida.

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