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quarta-feira, 26 de junho de 2013

A “pacífica” manifestação em Canoas



Nesta segunda-feira à tarde (dia 24 de junho) estive na manifestação esperada para ocorrer no centro de Canoas, em frente a prefeitura. Bom, não fui com a intenção de protestar por nada; Não que eu não ache muitas das reivindicações justas, muito pelo contrário! Mas realmente fui mais para registrar o evento. Como não iria a Porto Alegre achei uma boa oportunidade de assistir pessoalmente qual é o clima dentro destes protestos que estão ocorrendo por todo o Brasil.

Cheguei ao centro da cidade por volta das 16h00min. O tempo estava fechado e escuro, parecia que a qualquer momento ia cair um aguaceiro. O calçadão da Rua Tiradentes estava quase vazio e as lojas todas fechadas. Ao chegar à outra ponta do calçadão já pude notar pelo menos duas dezenas de policiais militares, número que aumentou quando dobrei a XV de Janeiro em direção a prefeitura. Quando cheguei a Rua Frei Orlando havia um grupo de pessoas lá e outros estavam chegando. A PM havia feito um perímetro de segurança em torno da Praça da Emancipação e um grupo da tropa de choque estava em prontidão em frente ao paço municipal. Tirei algumas fotos e conversei com alguns presentes.

Logo vi que a concentração não ia ser no local originalmente combinado, caminhei até o final da Frei Orlando e ao chegar a Praça do Avião vi que uma multidão de manifestantes tinha trancado a BR-116 nos dois sentidos e um engarrafamento de mais de 10 km havia se formado. Caminhei até o centro dos protestos e subi na mureta da rodovia para filmar. Havia gente de todas as idades, mas a maioria era jovem. As reivindicações eram as mais variadas possíveis, desde o arquivamento da PEC 37 até o pedido pelo fim do monopólio da SOGAL, empresa de ônibus que, ao que parece manda na prefeitura.
Muita gente pedindo reforma política, mais segurança, saúde e clamando contra a corrupção do governo, não detectei nenhuma bandeira partidária, mesmo assim era evidente que muitas pessoas que estavam ali estavam sendo manipuladas pela mesma mídia contra a qual protestavam.

Subi em uma passarela um pouco mais distante para ver a extensão do evento; Cerca de quatro mil pessoas acredito. Começaram a cair os primeiros pingos de chuva e os relâmpagos riscando o céu se tornaram mais freqüentes. Em vez de ir embora voltei para o meio dos protestos para filmar mais um pouco. Valeu à pena! Registrei o momento em que a multidão cantou em alta voz o hino nacional, o hino do Rio Grande do Sul e até o hino imperial brasileiro, também conhecido como hino da independência. Uma equipe de reportagem da TV Record cobriu boa parte do protesto.

Quando a chuva começou a engrossar resolvi dar o fora. No caminho cruzei por vários jovens (alguns encapuzados) que se dirigiam ao local da manifestação. Pensei comigo mesmo: “vai dar tumulto”. Infelizmente eu estava certo. Após as 19h30min todo o viés político ou cívico do evento deu lugar a muita baderna. Alguns provocaram o batalhão que estava em frente a prefeitura derrubando as grades de contenção e jogando pedras nos policiais que reagiram jogando bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Várias lojas na Avenida Victor Barreto foram destruídas e saqueadas. Prédios na Rua Frei Orlando e na Santos Ferreira foram alvos de pedradas, uma imobiliária gastará R$ 20.000 para repor os vidros que foram quebrados; Vários assaltos ocorreram devido ao engarrafamento na BR-116; Três policiais e dez civis ficaram feridos em confrontos. Bandidos comuns se aproveitaram do momento para praticar seus crimes no centro da cidade, ações dos chamados “bondes” foram detectadas por várias câmeras de segurança. Em Porto Alegre não foi diferente, a Avenida Borges de Medeiros se tornou palco de muita confusão. Enfim, um início de noite lamentável.

Olha... Ainda não sou contra, nem a favor dessa onda de protestos que percorre o Brasil. Mas também não participo disso. Porque, apesar de muitas reivindicações serem justas, a origem e a organização destas manifestações ainda permanecem obscuras e tem cheiro de golpe esquerdista. A direita brasileira, já fraca e quase inexistente foi duramente golpeada e não importa que muitos cartazes mostrem pautas consideradas conservadoras. Sinceramente, não me agrada servir de massa de manobra para movimentos sociais de doutrina marxista. Pois é brasileiro, vivemos dias incertos!

Assista aos vídeos que fiz na manifestação:


1 comentários:

Anônimo disse...

Meu professor de história estava falando, que, tudo começou com um grupo de jovens de uma faculdade (se não me engano), a partir disso, o movimento só foi crescendo, e agora está esse grande movimento.
Não sei realmente como surgiu, mas foi o que meu professor falou...
E parabéns, adorei o artigo!

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